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Brasil e Angola trocam experiências sobre ações de enfrentamento à violência contra a mulher
O encontro é parte da agenda paralela da equipe brasileira durante a realização da Comissão sobre Situação da Mulher na ONU (Foto: Flavio Gusmão/MMFDH)
Ações de enfrentamento ao feminicídio e de promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Estes foram os principais assuntos discutidos entre as delegações de Brasil e Angola, em reunião bilateral na sede da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos.
O encontro é parte da agenda paralela da equipe brasileira durante a realização da Comissão sobre Situação da Mulher na ONU. Chefe da delegação, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, apresentou um panorama das politicas implementadas em seus três anos à frente da pasta.
“Lançamos um plano nacional de enfrentamento ao feminicídio, editamos mais de 30 leis que beneficiam mulheres e, mais recentemente, disponibilizamos microcrédito para que essa mulher, tão prejudicada no período da pandemia, possa empreender. Nós acreditamos muito que a retomada econômica passa pela inclusão produtiva de mulheres”, explicou.
A ministra também citou o mais recente programa lançado pelo Governo Federal, o Mães do Brasil, que vai acompanhar todo o cuidado com a criança desde a concepção e ajudar quem acabou de ter filhos a conseguir uma vaga de trabalho.
Presente à reunião, a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, destacou o Projeto Qualifica Mulher, que promove capacitação pela inclusão produtiva, educação financeira e incentivo ao empreendedorismo.
“Conseguimos capacitar mais de 100 mil mulheres desde o ano passado por meio de cursos feitos pela internet. Algumas, inclusive, moram no exterior. Com esta ação, conseguimos tirar muitas mulheres da dependência econômica de relacionamentos abusivos”, afirmou.
A ministra de Ação Social, Família e Promoção Social de Angola, Faustina Fernandes Alves, falou sobre as mudanças no Código Penal daquele país para tornar mais duras as penas impostas a agressores e os programas de inclusão produtiva para moradoras de zonas ruais. Ela se interessou pelos projetos apresentados pela gestora brasileira e disse que quer visitar o Brasil para conhecê-los de perto.
A delegação angolana foi convidada também a participar dos workshops sobre violência contra a mulher, que serão apresentados no Consulado do Brasil em Nova Iorque e para a inauguração do Espaço da Mulher Brasileira, no mesmo local.
Família
Mais cedo, Damares Alves reuniu-se com Attila Beneda, secretário de Estado para Políticas de Família da Hungria. Os dois países são signatários do chamado Consenso de Genebra, que reúne 36 países em favor da vida, e fundadores do grupo Parceria pelas Famílias, pelo fortalecimento de vínculos intergeracionais.
Ambos reafirmaram o compromisso de permanência e promoção dos dois fóruns compartilhados e a buscar novos países parceiros para composição de uma aliança ainda maior em favor de pautas comuns.
Houve também menção à situação dos refugiados, que tem gerado preocupação aos governos dos dois países. Do lado brasileiro, a ministra explicou as recentes ações de acolhimento a venezuelanos, afegãos e ucranianos.
Já o representante húngaro relatou crescente movimentação de refugiados ucranianos e como isso pode influenciar a situação geopolítica na região.
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