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COOPERAÇÃO
Troca de informações contribuirá para implementação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas
No CNMP, ministra Cristiane Britto aponta união de esforços como solução para implementação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (Foto: Clarice Castro - Ascom/MMFDH)
Nesta terça-feira (24), mais um passo foi dado pelo governo federal com objetivo de garantir a implementação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD). Por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, os ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH); da Justiça e Segurança Pública (MJSP); o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriram parceria para transferência de soluções de tecnologia da informação e de comunicação.
O documento foi assinado em Brasília (DF) durante a 8ª Sessão Ordinária de 2022 do Plenário do CNMP e permitirá que as instituições se comprometam a repassar conhecimentos a fim de auxiliar a implementação do cadastro - além de dar suporte à Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (PNBPD), instituída pela Lei nº 13.812 de março de 2019.
A ministra do MMFDH, Cristiane Britto, chamou atenção para a necessidade de elaboração de ações contundentes para encontrar pessoas desaparecidas. “Nosso sonho é a implementação efetiva de um alerta nacional que integre todas as instituições, especialmente no caso de desaparecimento de crianças e adolescentes. Para que isso ocorra, é necessário unir esforços. Aqui, damos mais um passo nessa direção”, apontou.
Já o titular do MJSP, Anderson Torres, reforçou o compromisso da pasta como gestor central da PNBPD. “Temos nos dedicado com afinco a essa temática sensível e desafiadora. O governo trabalha para dar respostas céleres, tirando as ideias do papel para dar lugar a ações concretas”, enfatizou.
Por meio do ACT, tanto o MMFDH quanto o MJSP reconhecem o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos, desenvolvido pelo Ministério Público brasileiro, como atividade integrante da PNBPD.
O presidente do CNMP e procurador-geral da República, Augusto Aras, elogiou a iniciativa. “A parceria que se inicia hoje é essencial para implementação do cadastro. Por isso, parabenizo a iniciativa, que permitirá o intercâmbio de conhecimentos para soluções tecnológicas", ressaltou.
Por fim, o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, colocou as experiências já desenvolvidas pelo MP-RJ à disposição. “Sem dúvidas, o Ministério Público do Rio de Janeiro é pioneiro nessa temática e continua parceiro das demais instituições. Esse é um compromisso nosso com as famílias, com os que estão desaparecidos e com toda a sociedade”, elencou.
Política Nacional
A Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (PNBPD), criada pela Lei nº 13.812, de 16 de março de 2019, é a primeira política permanente federal voltada a solucionar e a prevenir casos de desaparecimento de pessoas.
As áreas de atuação da política cobrem todos os temas relacionados a pessoas desaparecidas como atendimento psicossocial e jurídico para vítimas e familiares, educação em Direitos Humanos, capacitação de agentes públicos, perícia forense, investigação, registro civil, registro criminal e adoção segura, entre outros.
Conheça a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas
Números
Atualmente, o Banco Nacional de Perfis Genéticos tem mais de 5 mil restos mortais não identificados e mais de 6 mil amostras de DNA de parentes em busca de notícias. Segundo o MJSP, cerca de 80 mil pessoas desaparecem no Brasil todos os anos.
A Polícia Rodoviária Federal desenvolveu o Sinal Desaparecidos, criado para agilizar a comunicação com a PRF e tornar o serviço mais eficiente. No ano passado foram registrados quase 63 mil casos de pessoas desaparecidas no Brasil, o que dá uma média de mais de 170 ocorrências por dia.
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