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FAMÍLIA
Seminário debate fortalecimento dos vínculos familiares por meio do uso adequado das tecnologias
Seminário “A família e as Tecnologias Digitais” apresenta resultados do projeto Reconecte, em Brasília (Foto: Clarice Castro - Ascom/MMFDH)
Os riscos do uso excessivo da tecnologia e a importância de reconectar as famílias do Brasil foram debatidos em seminário promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), nesta quinta-feira (9), em Brasília (DF). Mais de 140 pessoas participaram, de forma presencial, do seminário “A família e as Tecnologias Digitais”. Na oportunidade, foram apresentados os resultados do Projeto Reconecte, lançado em 2019.
Representando a ministra Cristiane Britto durante a cerimônia, a secretária-executiva do MMFDH, Tatiana Alvarenga, reforçou a importância do projeto para a capacitação de pais, professores e profissionais de saúde, entre outros atores da sociedade, sobre a forma adequada para a utilização da tecnologia sob a ótica da responsabilidade social.
“Sabemos que a conectividade é bastante relevante para os nossos dias. Temos o dado de que 92% dos lares brasileiros possuem celulares. Entretanto, existe um lado preocupante disso: o manejo tecnológico excessivo expõe descontrole psíquico-comportamental junto às crianças, jovens e adultos, tornando-se um novo problema mundial de saúde”, alertou. “Por esse motivo, o nosso ministério tem investido em ações de fortalecimento de vínculos familiares, como o Reconecte, que está em ação há três anos no Brasil. Vamos nos reconectar”, incentivou Alvarenga.
A secretária nacional da Família, Angela Gandra, participou da solenidade virtualmente. Segundo a gestora, é fundamental que os pais tenham o pleno entendimento sobre como agir para preservar os filhos contra os riscos do uso excessivo das tecnologias pelos filhos. “É preciso investir tempo. Olhar nos olhos dos filhos e escutar com o coração. Essa simples atitude vai combater o que chamamos de frustração afetiva em crianças, por não terem a atenção devida dos pais”, observou.
Gandra comentou que esteve recentemente na Arábia Saudita onde apresentou o programa Reconecte. “Aquela nação elogiou a visão do Estado brasileiro quanto a essa política que trata da responsabilização das famílias em relação ao uso adequado das tecnologias”, relembrou.
Presente na cerimônia, o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), comentou que “a tecnologia entra na vida de uma pessoa quando as relações humanas não ocupam o seu devido lugar”. O profissional, que é especialista em dependência tecnológica, parabenizou o MMFDH pelo projeto Reconecte. “É uma honra poder participar de uma iniciativa tão relevante para o Brasil”, disse Nabuco.
Conheça o projeto Reconecte e saiba como aderir
Resultados
Desde o lançamento em 2019, o Reconecte reúnecerca de 24 Acordos de Cooperação Técnica realizados com municípios, dez Organizações da Sociedade Civil selecionadas em chamamento público e Termos de Cooperação Técnica com duas universidades que vêm aplicando as oficinas. A previsão é de que mais de sete mil famílias sejam atendidas até 2023.
A avaliação da iniciativa apresenta como resultado o aumento da compreensão sobre as vantagens e desvantagens das novas tecnologias para o ambiente familiar; entendimento sobre como as novas tecnologias podem afetar a saúde física e mental dos membros da família; redução da dependência tecnológica especialmente entre crianças e adolescentes; aumento da segurança digital, evitando diversos riscos para a família e a prática de crimes como cyberbullying; melhoria na qualidade da relação familiar com aumento de atividades realizadas em família; e a promoção do fortalecimento dos vínculos familiares por meio do uso adequado das novas tecnologias.
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