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DIÁLOGO
Ministério oferece apoio à família de congolês assassinado no RJ
A mãe de Moïse Kabagambe, Ivone Lotsove Lololav, o irmão, Djodjo Kabagambe, e o tio, Yannick Kamanda foram recebidos pelas autoridades (Foto: Bruno Mirandella/OAB RJ)
Representantes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) estiveram, nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro (RJ). Na oportunidade, as autoridades se reuniram com familiares do congolês Moïse Kabagambe, assassinado no final de janeiro, na capital fluminense, para prestar apoio. Ainda fez parte da agenda oficial a 5ª Conferência Municipal da Igualdade Racial de São João de Meriti (RJ).
Durante o encontro com a família congolesa, intermediado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado, o secretário adjunto de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do MMFDH, Esequiel Roque, ouviu as demandas da família e colocou a pasta à disposição.
“Eles nos relataram sobre a preocupação em relação à segurança e integridade física de todos os familiares em razão da repercussão que o caso tomou. Nos colocamos à disposição para prestar todo o auxílio necessário. Repudiamos esse ato brutal e esperamos nada menos do que uma punição exemplar”, reiterou o gestor.
Também participou do encontro o secretário-geral da OAB do RJ, Álvaro Quintão, que reforçou o apelo por “medidas de segurança pessoal para os familiares de Moïse, que temem represálias”.
A mãe de Moïse, Ivone Lotsove Lololav, o irmão, Djodjo Kabagambe, e o tio, Yannick Kamanda solicitaram apoio para a comunidade congolesa que reside no Rio de Janeiro e todos os africanos que estão como refugiados no Brasil. O líder da comunidade congolesa no estado, Yanick Kusa, também participou da reunião.
"Precisamos de um apoio social. Aqui no Rio tem pouca estrutura para acolher a nós, refugiados africanos. O que a comunidade congolesa passa é bem diferente do que a europeia vivencia. Nós nos sentimos abandonados", disse Kusa.
Histórico
A Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), do MMFDH, solicitou, no dia 1º de fevereiro, informações à Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e à Delegacia de Homicídios sobre a apuração dos fatos do assassinato do congolês.
O caso ocorreu na segunda-feira (24). O jovem imigrante foi encontrado morto com os pés e mãos amarrados e com sinais de espancamento próximo ao Posto 8, na Praia da Barra da Tijuca, local onde trabalhou por um tempo.
Conferência
Na quinta-feira (9), o secretário Esequiel Roque participou da V Conferência Municipal da Igualdade Racial de São João de Meriti (RJ), na qual destacou as políticas públicas da pasta e a Semana de Valorização dos Povos e Comunidades Tradicionais, que teve início na segunda-feira (7).
O evento de abertura foi marcado pelo anúncio de uma série de ações que irão garantir mais dignidade a esta parcela da população. Com o investimento total de R$ 31,3 milhões, as novas iniciativas reuniram pastas do Governo Federal para promover saúde, empreendedorismo, enfrentamento à violência, pesquisa e diagnóstico e capacitação.
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