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AGOSTO LILÁS
Projeção econômica de mulheres contribui para saída do ciclo da violência
Qualificação profissional, empreendedorismo e geração de emprego e renda são fatores determinantes para a quebra do ciclo de violência contra a mulher (Foto: Banco de Imagens/Internet)
No mês de enfrentamento à violência contra mulheres, conhecido como Agosto Lilás, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) elenca iniciativas que impulsionam a projeção econômica feminina.Entre elas, destaca-se a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino - criada pelo decreto nº 10.988, de março de 2022, no âmbito do programa Brasil pra Elas. A ação transversal, em parceria com bancos públicos, amplia a oferta de crédito para mulheres empreendedoras.
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Para a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, a independência financeira da mulher deve ser cada vez mais incentivada. “A qualificação profissional pode ser a saída para uma mulher que está em um ciclo de violência e que depende da renda do agressor. A independência financeira, embora não seja um fator determinante para a quebra do ciclo de violência contra a mulher, é um importante elemento facilitador. Em algumas situações, é um aspecto decisivo para evitar que elas sejam vítimas de feminicídio”, alertou.
Com o objetivo de estimular a autossuficiência econômica do público feminino, a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM/MMFDH) oferece o projeto Qualifica Mulher, que fomenta a qualificação profissional, o empreendedorismo e a geração de emprego e renda.
As vagas do Qualifica Mulher são destinadas, prioritariamente, para mulheres com renda mensal de até um salário mínimo e meio, que estejam cursando ou tenham concluído o ensino fundamental e/ou médio ou que não tenham escolaridade. Os cursos, ofertados tanto presencialmente quanto no formato online, abrangem as áreas de serviços, beleza e construção civil. As aulas envolvem educação financeira, marketing digital, artesanato, moda, costura e beleza, além de dicas para formalizar o próprio negócio por meio do Microempreendedor Individual (MEI).
Segundo a diretora de Políticas de Autonomia Econômica e Relações Sociais da SNPM, Fernanda Marsaro, o projeto abre parcerias com instituições para oferecer oportunidades. “Nesta caminhada, as mulheres precisam passar por uma capacitação empreendedora para aprender como precificar melhor o produto, criar o marketing digital, utilizar as redes sociais para potencializar as vendas. No Qualifica Mulher, é possível encontrar essa orientação, inclusive no processo de obtenção de crédito para a criação do próprio negócio”, enfatizou Marsaro.
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A mulher no mercado de trabalho
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), gerenciado pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), o Brasil registrou aumento de 20,5% na contratação formal de mulheres no último ano, passando de 3.955.432 contratações entre janeiro e junho de 2021 para 4.767.095 no mesmo período em 2022.
O levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) deste ano revela que quase metade dos profissionais à frente de micro e pequenas empresas são mulheres. Empreendedoras representam hoje 48% dos microempreendedores individuais (MEI), atuando principalmente em atividades no setor de beleza, moda e alimentação. Quanto ao local de funcionamento do negócio, 55,4% das MEI estão sediadas em casa.
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