Nota de repúdio sobre caso de racismo contra o jogador Richarlison

A Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), vem a público manifestar sua indignação diante de mais um caso de racismo no futebol brasileiro. Desta vez o ato foi praticado contra o atacante Richarlison, durante o jogo entre Brasil e Tunísia, último amistoso da Seleção antes da convocação final para a Copa do Mundo, disputado na França, na tarde dessa terça-feira (27).

Richarlison marcou o segundo gol da Seleção, ainda no primeiro tempo. No momento da comemoração um torcedor arremessou uma banana na direção do atacante brasileiro. O autor do ato não foi identificado.

É profundamente lamentável que em pleno século 21 ainda perdurem no coração e na mente de alguns cidadãos pensamentos tão retrógrados, e que trazem, principalmente, prejuízos profundos para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, como desejou o Constituinte da nossa Carta Magna de 1988.

Desse modo, o MMFDH reforça o compromisso de diariamente estabelecer políticas públicas capazes de promover um efetivo enfrentamento a todo tipo de discriminação, preconceito e racismo, praticado contra quem quer que seja.

Em caso de discriminação ou qualquer violação de direitos humanos, disque 100. O Disque 100 é um serviço gratuito para denúncias de violações de direitos humanos. Qualquer pessoa pode utilizar o canal, que funciona 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Além de cadastrar e encaminhar os casos aos órgãos competentes, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) recebe reclamações, sugestões e elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

Entre os grupos atendidos pelo Disque 100, estão crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, população LGBT e população em situação de rua. O canal também está disponível para denúncias de casos que envolvam discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais. 

Paulo Roberto

Secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial