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FORMAÇÃO
Capacitação sobre enfrentamento ao suicídio está disponível para professores e conselheiros tutelares
Direcionada aos profissionais que compõe o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGD), a formação pode ser realizada até o dia 31 de dezembro de 2022 (Foto: Banco de Imagens)
Para fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGD) no enfrentamento ao suicídio e à automutilação no Brasil, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou o curso “Automutilação e Suicídio: um Olhar Cuidadoso de Direitos Humanos sobre a Saúde Mental no Enfrentamento às Consequências da 4ª Onda da Pandemia”, que está disponível na plataforma da Escola Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Endica). A capacitação é gratuita, online e com certificado.
Administrado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA/MMFDH), o curso tem como público-alvo gestores públicos, conselheiros tutelares e de direitos, professores, assistentes sociais, psicólogos, agentes de segurança pública e agentes de saúde que compõem o SGD por todo o país.
Segundo a secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Fernanda Monteiro, é necessário que toda a população, especialmente os profissionais que atuam no SGD, esteja alerta e preparada para reconhecer os sinais dos pensamentos suicidas em crianças e adolescentes, a fim de que sejam tomadas as providências adequadas com rapidez e segurança. A gestora observou que em 2022 o tema contém uma nova circunstância desafiadora: o contexto do período pós pandêmico.
“O isolamento social levou um elevado número de pessoas a desenvolver problemas emocionais e depressão. Crianças e adolescentes foram atingidos pela incerteza, pelo luto, e, em muitos casos, se viram presos em casa com seus abusadores. Diante desse quadro, é esperado que haja um aumento nos casos de automutilação, de tentativa de suicídio e a consumação do ato”, explicou Fernanda Monteiro.
Dados
Os dados do Boletim Epidemiológico 33, da Secretaria de Vigilância em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde (MS), mostram que entre os anos de 2010 e 2019, o Brasil registrou 112.230 mortes por suicídio, um aumento de 43% no número anual, de 9.454 em 2010 para 13.523 em 2019. Ainda segundo o levantamento do MS, houve aumento nas taxas de mortalidade de adolescentes, que sofreram um incremento de 81% no período, passando de 606 óbitos e taxa de 3,5 mortes por 100 mil habitantes, para 1.022 óbitos e taxa de 6,4 suicídios para cada 100 mil adolescentes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Também segundo a OMS, as taxas mundiais de suicídio estão diminuindo, mas na região das Américas os números vêm crescendo. Entre 2000 e 2019, a taxa global diminuiu 36%. No mesmo período, nas Américas, as taxas aumentaram 17%. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta causa de morte mais recorrente, atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
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