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PROTEÇÃO
Programa de enfrentamento à violência beneficia mais de 3 mil alunos do DF
A Escola CEF 35 de Ceilândia (DF) reuniu, na manhã deste sábado (30), autoridades, profissionais da educação, alunos e suas famílias para celebrar os resultados do Programa Vem Viver - Juntos pela Proteção da Vida. A iniciativa, realizada em parceria entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Governo do Distrito Federal (GDF), já beneficiou mais de 3 mil estudantes em cinco escolas da rede pública e capacitou 180 professores.
Presente no evento, a ministra Cristiane Britto comemorou o objetivo alcançado pelas ações, que visam a reduzir os altos índices de violência infantojuvenil por meio do combate à evasão escolar. A gestora do Governo Federal se comprometeu a expandir o alcance da política pública para o resto do país e convidou toda a sociedade a se engajar na luta pela paz.
“Esse programa foi lançado para transformar gerações. Por meio dele, estamos incentivando a cultura da paz. Com isso, criamos uma conexão entre a comunidade e os governos locais e Federal, essa é uma responsabilidade de todos. A sociedade como um todo precisa participar para promover essa cultura: com a união de esforços, conseguiremos proporcionar um desenvolvimento melhor das nossas crianças e adolescentes”, afirmou.
O titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA/MMFDH), Maurício Cunha, acompanhou a ministra na agenda e destacou a importância de uma maior participação da família na vida escolar dos filhos como forma de proporcionar um desenvolvimento saudável.
“Com a pandemia, voltamos 20 anos dos nossos indicadores de matrículas. Para recuperar, é preciso nutrir a relação entre a família e a escola. Estudos comprovam que a família próxima dos estudos melhora o desempenho escolar, a autoestima, diminui o índice de automutilação e de ações suicidas e, futuramente, o desempenho profissional e as relações familiares‘’, elencou.
Diretor da escola, Marcelo Fernandes acredita que a iniciativa pode transformar realidades. “Estamos dentro de uma comunidade que, assim como em todo o país, tem o problema da violência. Se a gente conseguir desenvolver essa cultura de paz e não violência, a cultura do diálogo, de resolver os problemas de uma maneira diferente do que estamos habituados, que é a manifestação de violência, esse projeto tem muito a contribuir para a escola e para a comunidade”.
Matriculada no 8º ano, Kyara Mesquita, de 13 anos, foi uma das beneficiadas com o programa. Ela contou um pouco da experiência. “O programa tem nos ensinado coisas novas para vivermos melhor. Colocamos, em sala de aula, nossos maiores sonhos e conquistas. O programa incentiva a experimentar coisas novas. Tenho certeza de que vai ajudar muita gente assim como está me ajudando“, projetou.
O programa
Lançado em outubro de 2021, o programa está em fase piloto e já contou com investimento de R$ 10 milhões. Além de Ceilândia, até o momento, outras quatro cidades foram selecionadas para receber as ações: Caxias do Sul (RS), Salvador (BA), Curitiba (PR), Nova Iguaçu (RJ).
A metodologia aplicada foi desenvolvida em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e mobiliza gestores públicos e a sociedade civil no enfrentamento da morte precoce de crianças e adolescentes brasileiros.
Ao todo são sete estratégias para aplicação do projeto: integração do poder público estadual e municipal; integração de diferentes atores das esferas pública e privada; definição de locais com maiores índices de violência no município; identificação da escola como local de proteção; integração e fortalecimento de vínculos familiares; identificação de crianças em maior risco; e integração da rede de agentes de proteção.
Números
Pesquisas realizadas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que, para cada 1% que é reduzida a evasão escolar, 2% da letalidade de crianças e adolescentes é também reduzida.
De acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH/MMFDH), em 2022 já foram registradas mais de 186 mil violações de direitos humanos contra este público.
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