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MULHERES
Decreto institui grupo de trabalho para formular o Programa de Enfrentamento ao Acidente de Escalpelamento
O escalpelamento é caracterizado pelo arrancamento brusco e acidental do couro cabeludo, causado pelo eixo do motor de embarcações (Foto: Willian Meira/MMFDH)
O grupo de trabalho (GT) interministerial que vai formular o Programa de Enfrentamento ao Escalpelamento foi instituído, nesta quarta-feira (1º), por meio do Decreto nº 10.784. Presidido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o GT contará com a participação de mais sete ministérios, além da Secretaria de Governo e da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, ambas da Presidência da República.
Com a duração de 180 dias, o colegiado deverá realizar reuniões mensais. Integram a iniciativa os ministérios da Defesa, da Infraestrutura, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Educação, da Cidadania, da Saúde e do Trabalho e Previdência.
“A expectativa é formular uma política de Estado com o objetivo de sanar esse problema social, que por tanto tempo foi invisibilizado. A nossa proposta é erradicar o acidente de escalpelamento no Brasil por meio de ações preventivas, envolvendo de forma direta áreas estratégicas, além de dar atenção especial à saúde física e mental das vítimas”, afirma a titular da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM/MMFDH), Cristiane Britto.
Segundo a secretária, o escalpelamento é caracterizado pelo arrancamento brusco e acidental do escalpo (couro cabeludo), causado pelo eixo do motor de embarcações. As principais vítimas são crianças (65%) e mulheres (95%), conforme dados da Marinha do Brasil.
Projeto
Entre ações para as pessoas vítimas de escalpelamento, o MMFDH já promove o projeto voltado para as mulheres vítimas de escalpelamento. A iniciativa tem a proposta de evitar e erradicar os acidentes de escalpelamento nas embarcações da Região Norte do país, com a disseminação de informações para a população ribeirinha sobre as medidas de segurança na navegação fluvial e a sensibilização dos barqueiros para o uso da proteção nos eixos dos motores.
O projeto visa ainda a prestar apoio logístico e material às vítimas de escalpelamento, que sofrem sequelas físicas e intenso sofrimento psíquico, emocional e social, durante todo o tratamento e no decorrer da vida. O acidente acarreta danos significativos à autoestima, identidade, percepção corporal, humor, sociabilidade e relações afetivas globais.
Oficializada em fevereiro de 2021, uma parceria entre o MMFDH e o Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) tem a proposta de olhar para casos de escalpelamento por embarcações no Brasil, um problema latente entre mulheres de comunidades ribeirinhas.
Com isso, serão articulados protótipos de proteção do eixo de motor que promovam maior atratividade entre a população ribeirinha, de forma a estimular a instalação das proteções.
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