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LANÇAMENTO
Cartilhas orientam atendimento a refugiados e migrantes indígenas da Venezuela
Estima-se que, atualmente, cerca de 6 mil indígenas tenham atravessado a fronteira com o Brasil
Garantir que venezuelanos de origem indígena sejam acolhidos no Brasil com qualidade e respeito. Este é o objetivo de duas cartilhas lançadas nesta terça-feira (5), pelos ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e da Cidadania, em parceria com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). O Guia de Referência para o Trabalho Social com a População Indígena Refugiada e Imigrante e o Guia de Proteção Comunitária para Pessoas Indígenas Refugiadas e Migrantes já estão disponíveis para download.
Guia de Referência para o trabalho social com a população Indígena refugiada e imigrante
Guia Proteção Comunitária de Pessoas Indígenas Refugiadas e Imigrantes
Estima-se que, atualmente, cerca de 6 mil indígenas tenham atravessado a fronteira com o Brasil, como consequência da crise social, política e econômica que atinge a Venezuela. Eles fazem parte das etnias Warao, Pemon, E’ñepá, Kariña e Wayúu. Aproximadamente 19 estados já recebem refugiados e indígenas da mesmo país.
As duas publicações buscam promover estratégias de integração e atendimento social adequadas à cultura de origem. Os guias trazem conceitos de proteção comunitária, listam direitos e serviços adequados às necessidades destas populações, orientam agentes públicos sobre como trabalhar com estas etnias e apontam boas práticas já adotadas por estados e municípios.
A secretária-executiva do MMFDH, Tatiana Alvarenga, afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, demandou o reforço da acolhida dos venezuelanos que chegassem ao país. “Garantir todos os direitos, articular e integrar todas as ações, com toda a Esplanada. Ele não só manteve todas as frentes, como nos deu essa missão de aprimorar todo o trabalho”, explicou.
Para a titular da Secretaria Nacional de Proteção Global (SNPG/MMFDH), Mariana Neris, os guias são instrumentos que possibilitarão os profissionais trabalharem de forma articulada e respeitosa com este público. “Eles trazem um valor inestimável em termos de convergência técnica. É um marco importante em torno da proteção integral das pessoas que buscam o Brasil como novo projeto de vida. Cabe a nós estendermos a mão e acolhê-los com qualidade”, completou a secretária.
A secretária Nacional de Assistência Social, Maria Yvelônia Barbosa, ressaltou que as cartilhas são o início de um processo de preparação das equipes neste atendimento de qualidade. “Tivemos a possibilidade de buscar cada vez mais estratégias para atender as especificidades que o nosso público da assistência social tem”, apontou.
Segundo o representante adjunto do ACNUR no Brasil, Federico Martinez, a construção destas cartilhas é um grande avanço no tema. “Com essa ruptura de vínculos, eles precisam recuperar e esses guias ajudam a criar condições para que as pessoas voltem a viver normalmente. O Brasil tem assumido muito bem este trabalho de acolhida aos imigrantes venezuelanos”, avaliou o representante da ACNUR.
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