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ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
Exposição sobre feminicídio será visitada por cerca de 650 mil pessoas em aeroporto de São Paulo
Imagens, matérias de jornais e depoimentos que retratam histórias de mulheres vítimas de violência no Brasil. Esse é o conteúdo da exposição inaugurada neste domingo (21), no Aeroporto de Congonhas (SP), com a participação da titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves. A mostra é coordenada pelo Instituto Virada Feminina e integra as ações dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Disponibilizados no saguão principal, os painéis da mostra ficarão expostos até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. O objetivo é chamar a atenção e sensibilizar todos os que circulam, trabalham ou visitam os espaços do aeroporto para a missão comum ao desenvolvimento e consciência social da igual dignidade humana - mulheres e homens.
A exposição tem como patrocinador principal a Eletrobras-Furnas, com o apoio da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e do MMFDH, além do Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Segundo a Infraero, a expectativa é que cerca de 650 mil pessoas circulem pelo espaço nos próximos dias.
Presente na solenidade de inauguração, a ministra Damares Alves ressaltou a importância da união de esforços. “É preciso publicizar essas histórias das mulheres assassinadas apenas pelo seu sexo. Esta exposição e as iniciativas que o MMFDH realizará nestes 21 dias de campanha são uma forma de gritar para a sociedade que precisamos nos unir para que o nosso país respeite as mulheres. Isso nos faz trabalhar mais e buscar construir ações e estratégias com o intuito de proteger as mulheres. O Brasil não tolera mais feminicídio”, disse a ministra.
Vale ressaltar que, no Brasil, a campanha assumiu a versão 16 + 5, totalizando 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Integração
Presidente do Instituto Virada Feminina, Marta Lívia Suplicy ressalta que “é responsabilidade de todos combater a violência em todas as suas formas e modalidades, psicológica, patrimonial, sexual, moral, física, política e institucional comumente sofrida pelas mulheres, em decorrência da desvalia impingida ao feminino”.
“É importante que a população compreenda esse dever público. De igual forma, o Estado também deve concretizar políticas em todas as esferas de Poder para alcance da equidade”, completa a presidente da organização.
Programação
Durante a abertura da exposição, também foi realizado um desfile de mulheres que vestiam camisetas com frases de alerta e conscientização pelo fim da violência. Ainda na data, nas áreas de embarque, desembarque, saguão e check-in, modelos de diversas etnias e faixas etárias lembraram aos passageiros a importância do engajamento da sociedade.
Números
No ano passado, mais de 1,3 mil mulheres perderam a vida devido à condição de sexo feminino, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A pesquisa mostra ainda que o Brasil figura na lista dos países que mais matam mulheres no mundo.
Confira dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. >>> https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/07/anuario-2021-completo-v4-bx.pdf
Ativismo
Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres são um movimento proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU). A ação ocorre todos os anos, em mais de 150 países, com atividades de conscientização e mobilização. No Brasil, os eventos são promovidos durante 21 dias. A programação começa de forma antecipada em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
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