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Bate-papo
Temos a obrigação de garantir os direitos das refugiadas, afirma a ministra Damares Alves
Ministra Damares Alves apresenta ações do Governo Federal para refugiados (Foto: Divulgação/Facebook)
A história de Dennys Del Valle Diaz Rodriguez, uma refugiada venezuelana que começou a trabalhar neste mês, após ser interiorizada de Roraima para São Paulo, baseou uma conversa on-line nesta segunda-feira (29). A mesa redonda promovida pelo Facebook Brasil contou com a presença da ministra Damares Alves, titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que logo enfatizou o posicionamento do Governo Federal sobre o tema, “temos a obrigação de garantir os direitos das refugiadas”, disse.
Durante o bate-papo, a ministra destacou o trabalho da Pasta na garantia de direitos de mulheres na mesma situação de Dennys. “Nesta nação os direitos de todos, quem nasce aqui ou está em solo brasileiro, precisam ser preservados”, afirmou.
Ela explicou que as mulheres venezuelanas refugiadas são informadas sobre a Lei Maria da Penha, sobre a rede de proteção de direitos e sobre as leis trabalhistas no Brasil. Elas recebem uma cartilha instrutiva sobre o tema na língua de origem. “Precisamos evitar que essa mulher seja vítima de trabalho escravo e exploração de mão de obra”.
Damares destacou ainda a importância da Operação Acolhida, que com ações de nove ministérios, sob o comando do Ministério da Defesa, trabalha o acolhimento, o abrigamento e a interiorização de refugiados venezuelanos em Roraima. “Essa operação é um grande exemplo para o mundo. Temos muito orgulho da Operação Acolhida, que vem para garantir, no acolhimento, a dignidade humana”, disse. Conheça a Operação Acolhida
Em uma ação do MMFDH em janeiro deste ano, 28 venezuelanas e suas famílias chegaram a Guaporé (RS) já com trabalhos no setor da indústria de confecções. Ao todo, a iniciativa, realizada em parceria com a Virada Feminina e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), beneficiou 67 pessoas. Leia mais.
O oficial de meios de vida do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Paulo Sérgio Almeida, destacou durante a mesa redonda que a estratégia de interiorização do governo brasileiro é exemplar porque busca soluções sustentáveis de longo prazo. “Isso é fundamental para que a fase emergencial seja temporária, para que as pessoas possam desenvolver suas potencialidades e ter autonomia no mais curto prazo de tempo possível. Elas querem gerar renda, serem autônomas e autossustentáveis”, explicou.
Integrante do projeto e agora empregada em um shopping paulista, Dennys contou a sua história durante a conversa on-line. Com duas filhas gêmeas com deficiência e sobrevivente de um câncer de colo do útero, ela afirmou que não foi fácil deixar seu país de origem, mas fez isso em busca da melhor qualidade de vida para sua família.
“Tenho muito a agradecer pela dedicação, amor, humildade e dignidade que hoje temos. Sou grata porque estou procurando o melhor para minhas filhas. Estou tentando ensinar que a vida vai mudando e elas precisam lutar para se estabelecer”, afirmou.
Dennys mandou um recado para outras mulheres refugiadas. “Querer é poder. Tenham fé e vontade porque é sofrido mudar, mas é assim que a vida apresenta as ferramentas para viver melhor, para um futuro melhor e para fazer coisas novas. Sempre em frente, nunca para trás”, disse.
A mesa redonda foi mediada por Daniele Fontes, da equipe de segurança e bem-estar do Facebook Brasil. Ela destacou o fato do encontro acontecer em março, mês marcado pela luta de mulheres e organizações para que seja possível um mundo mais justo, seguro e igual para todas as mulheres.
Foi com o olhar para a mulher venezuelana que nasceu o projeto “Empoderando Refugiadas”, que desde 2015 foca na melhoria das habilidades e capacidades para o trabalho e na sensibilização de empresas que apoiem a contratação de mulheres refugiadas. A iniciativa é uma parceria entre a ACNUR, Rede Brasil do Pacto Global e a agência ONU Mulheres.
É possível conferir os casos e resultados da contratação de profissionais refugiados por empresas brasileiras de diferentes portes e segmentos na plataforma Empresas com Refugiados.
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