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APOIO AOS IDOSOS
Idosos recebem orientações para evitar o superendividamento
Foto: Gestores apresentam soluções para evitar o superendividamento (Divulgação/MMFDH)
Especialistas em educação financeira foram os convidados da live "Superendividamento da pessoa idosa no Brasil: O que podemos fazer?, realizada nesta quarta-feira (17), pelas redes sociais do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A iniciativa, que tem como objetivo conscientizar quanto aos perigos das dívidas, integra campanha lançada pelo órgão na semana passada.
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Durante a transmissão ao vivo, o titular da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI/MMFDH), Antonio Costa, chamou a atenção para cuidados essenciais que envolvem os vínculos familiares. "Esse endividamento nem sempre é a favor de si próprio, muitas vezes é feito de acordo com as necessidades da família, parentes e amigos", explicou.
Segundo o secretário, outro problema apontado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH/MMFDH), por meio do canal de denúncias Disque 100 (Disque Direitos Humanos), é a violência financeira e patrimonial.
"Em 2020, trabalhamos uma campanha nacional em parceira com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Houve um declínio desses abusos financeiros. Durante o ano, abordamos também a questão das transferências patrimoniais, sejam de imobiliárias ou outros tipos, e isso deu diferença nos cartórios", acrescentou Antonio Costa. Saiba mais.
Para o gestor, a parceria com outros órgãos do governo e com a sociedade civil faz toda a diferença para alcançar os objetivos. "Temos que ouvir. Sozinhos não conseguiremos esse enfrentamento. A partir dessa live vamos colher os resultados necessários para colocarmos no nosso plano de trabalho", completou.
Conceitos
Participante da atividade online, o defensor público do Distrito Federal, Antonio Carlos Fontes Cintra, abordou conceitos relativos às finanças, além de explicar em quais situações alguém pode ser considerado um superendividado.
"Ainda não temos uma definição legal no Brasil. Trabalhamos no direito, geralmente, com o bom senso, ou seja, pode ser que a pessoa tenha 60% da renda comprometida, mas ela tem um bom salário. Nesse caso, ela não está com a sua subsistência comprometida", exemplificou.
O defensor destacou ainda. "Alguém que ganha só um Benefício de Prestação Continuada (BPC), de um salário mínimo, é claro que 30% do comprometimento da renda já é suficiente para trazer uma situação de penúria evidente. O que tomamos como conceito para trabalhar as diversas matérias é se a subsistência das pessoas da sua família está comprometida, e não a sua habitual qualidade de vida", esclareceu.
Comportamento
Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, o valor da renda realmente deve ser considerado. "Acredito muito nessa linha de pensamento sobre a nossa sustentabilidade, e isso foi o que mais agravou nesse momento de pandemia que atravessamos, que é a ausência da sustentabilidade financeira não só do idoso, mas de toda a família", lamentou.
De acordo com o especialista, as razões para o endividamento incluem hábitos. "É questão de comportamento, por isso a importância da educação financeira desde a infância. A matemática não resolve o problema. Se eu sei fazer conta ou não, não significa que eu serei educado financeiramente", observou.
Durante a atividade também foram apresentadas dicas para fugir de juros altos, como a portabilidade de financiamentos, além de outros cuidados com créditos.
Evento
Também participaram a coordenadora da Central Judicial do Idoso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (CJI/TJDFT), Monize Marques, e o juiz auxiliar da segunda vice-presidência do TJDFT, Luís Carlos de Miranda.
O bate-papo foi mediado pela defensora pública do Distrito Federal, Bianca Cobucci Rosiere, e pelo coordenador-geral de promoção dos direitos da pessoa idosa da SNDPI/MMFDH, Renato Gomes.
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