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Dia da Mulher
Com denúncias do Ligue 180, operação atende mais de 160 mil mulheres vítimas de violência
Dados do Ligue 180 auxiliaram a mais de 160 mil mulheres vítimas de violência durante a Operação Resguardo. (Foto: Willian Meira/MMFDH)
Mais de 160 mil mulheres vítimas de violência no Brasil foram atendidas por policiais civis de 26 estados e do Distrito Federal durante a realização da Operação Resguardo, que utilizou denúncias do Ligue 180 para combater a violência contra a mulher. A iniciativa, deflagrada nesta segunda-feira (8), foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) com o apoio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Em coletiva de imprensa, a ministra Damares Alves, titular do MMFDH destacou que os números representativos da operação mostram que é um dia histórico na proteção e defesa de mulheres no país. “A gente já chorou muito. Não tinha outra reação vendo essa operação que não seja chorar. Quero agradecer todos os policiais envolvidos, que estão nas ruas protegendo mulheres desde 1º de janeiro”, afirmou.
A ministra destacou ainda a transversalidade com que o Governo Federal vem lidando com o tema. “Não tem direitos humanos sem polícia, sem a força de segurança lá na ponta”, afirmou. Pelas redes sociais, o titular do MJSP, André Mendonça, destacou o papel da Polícia Civil. “Parabéns às nossas polícias pelo trabalho diário de combate à violência contra a mulher. Que essa operação seja um marco nessa atuação. Basta de violência”, escreveu.
Ao todo, foram mais de 12 mil policiais civis atuam, de forma conjunta, na busca por suspeitos de ameaças, tentativas de feminicídio, lesão corporal, descumprimento de medidas de medias protetivas, estupro, importunação, entre outros crimes. Os números ainda indicam mais de 8 mil pessoas presas, 45 mil denúncias apuradas e 56 mil inquéritos instaurados.
As ações foram deflagradas em 1,8 mil municípios do país. A Operação Resguardo teve início em 1º de janeiro deste ano com a apuração de denúncias, análise de procedência das denúncias, instauração inquéritos policiais, levantamento de mandados de prisão e cumprimento de mandados judiciais pelas Policiais Civis, principalmente pelas delegacias especializadas no atendimento à mulher.
Para a secretária nacional de políticas para as mulheres, Cristiane Britto, é muito simbólico que a operação tenha ocorrido no Dia Internacional da Mulher. “Representa o trabalho do Governo Federal no sentido de que chega de violência contra a mulher. Estamos unindo esforços e trabalhando para que a rede de proteção seja fortalecida a exemplo das nossas polícias, para que a mulher saiba que se ela denunciar, vai encontrar o amparo do Estado”, afirmou.
Dados divulgados pelo MMFDH mostraram que mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher foram registradas pelo Ligue 180 e Disque 100. Do total de registros, 72% (75,7 mil denúncias) são referentes a violência doméstica e familiar contra a mulher. Saiba mais.
Para o ouvidor nacional de direitos humanos, Fernando Ferreira, que coordena o Disque 100 e o Ligue 180, é extremamente importante a integração com a segurança pública. “Nós recebemos as denúncias e encaminhamos para delegacias especializadas, com essa integração passa a existir um protocolo único de atuação nacional, extremamente importante para enfrentamento à violência e o resultado está aí”, disse ao se referir à operação.
Também estiveram presentes na coletiva o chefe de gabinete do MJSP, Rodrigo Hauer, o secretário de operações integradas do MJSP, Jeferson Lisbôa Gimenes, o presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, Cristiano Barbosa Sampaio, o presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil, Robson Cândido, e o Coordenador-Geral de Planejamento Operacional do MJSP, Fernando Oliveira.
Disque 100 e Ligue 180
O Disque 100 e o Ligue 180 são serviços gratuitos para denúncias de violações de direitos humanos e de violência contra a mulher, respectivamente. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelos serviços, que funcionam 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Além de cadastrar e encaminhar os casos aos órgãos competentes, a Ouvidoria recebe reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
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