“Em briga de marido e mulher, a gente tem que meter a colher, sim”, defende Damares Alves

A ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, alertou para que a sociedade esteja atenta às possíveis violações dos direitos das mulheres. “Em briga de marido e mulher, a gente tem que meter a colher, sim”, defendeu durante a transmissão online de um evento sobre a participação da mulher na política e na administração pública. A conversa foi conduzida pela vereadora Comandante Nádia (DEM), do Rio Grande do Sul, e transmitida pelo Facebook da parlamentar.

O principal assunto tratado foi o enfrentamento à violência contra a mulher. Damares ressaltou que a idade dos agressores e das vítimas têm diminuído. “Precisamos conversar com os pais. Observem suas filhas, o comportamento delas. Ampliem o olhar. Meninas, vocês não precisam ter vergonha. Liguem para nós, pelo número 180”, destaca a ministra citando o canal de denúncias do Governo Federal, especialmente voltado às mulheres.

A vereadora Comandante Nádia lembrou que 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é gasto com violência doméstica. “Temos gastos com delegacias, hospitais, o tempo que a mulher tem que deixar de trabalhar para se recuperar. Mas além disso, e principalmente, estão os danos psicológicos e emocionais às mulheres vítimas de violência, difíceis de serem recuperados”, enfatiza a comandante.

Segundo a ministra, a pandemia foi um fator agravante para a violência, visto que agressor e vítima passam muito mais tempo isolados dentro de casa. “As denúncias no Disque 100 aumentaram 30% nesse período, e sabemos que há muita subnotificação. Por isso, fazemos um apelo para que cada cidadão esteja atento”, enfatiza Damares.

Apesar da pandemia decorrente do novo coronavírus (covid-19), a ministra esclareceu que a rede de proteção à mulher e os canais de denúncia, como o Disque 100 e o Ligue 180, estão em pleno funcionamento.

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