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Brasil defende equilíbrio de tarefas domésticas durante encontro de mulheres do Mercosul
Dados divulgados pelo IBGE no ano passado apontam que mulheres realizam 10,4 horas a mais de trabalhos domésticos em relação aos homens, considerando o período semanal.
"Nós precisamos nos dedicar a um trabalho forte de sensibilização voltado à corresponsabilidade no lar". O convite foi feito pela secretária nacional de políticas para as mulheres, Cristiane Britto, durante a XVII Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher do Mercosul (RMAAM), na sexta-feira (21).
Sob a presidência da Argentina, o evento também abordou a pauta do cuidado na família. "Sabemos que essa questão exige um trabalho educacional importante para eliminar do cotidiano das famílias a ideia de que cabe única e exclusivamente à mulher as funções relacionadas aos cuidados com as crianças, idosos, pessoas com deficiência e com doenças raras", disse a secretária.
Para a integrante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), é preciso equilibrar as relações familiares e fortalecer os vínculos de forma que o excesso de trabalhos domésticos não penalize o sexo feminino. Segundo ela, há a necessidade de conscientizar homens e mulheres.
No âmbito das ações governamentais, Britto afirmou que o Brasil tem caminhado com iniciativas que irão render resultados a médio prazo, como é o caso da formação do grupo de trabalho interministerial para a elaboração de uma Política Nacional de Cuidados. Nesse sentido, ressaltou o Projeto de Lei nº 76, que regulamenta a profissão do cuidador.
Confira a proposta legislativa.
"Gostaria de destacar ainda que esta pandemia certamente atinge de forma mais intensa as condições de vida das mulheres. Temos adotado algumas medidas de resultados mais imediatos. Entre os exemplos constam ações de sensibilização por meio de cartilhas educativas e cursos de capacitação para as mulheres relacionados às políticas do cuidado e da saúde mental", enfatizou.
Britto citou iniciativas como o projeto-piloto Qualifica Mulher, que estimula a qualificação profissional e o empreendedorismo. Saiba mais.
Políticas públicas
Ainda durante o evento, a gestora falou sobre as ações promovidas pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM). Entre os destaques, esteve a Operação Resguardo, a maior operação policial voltada para o enfrentamento à violência contra a mulher.
Realizada em março deste ano, a iniciativa resultou na prisão de 9 mil pessoas, 46 mil denúncias apuradas, 56 mil medidas protetivas e 168 mil vítimas atendidas. Saiba mais.
"Também estamos implementando 23 novas unidades da Casa da Mulher Brasileira (CMB), um espaço que propõe o atendimento humanizado e integrado para as mulheres que estão em situação de violência. Conquistamos ainda avanços nas eleições de 2020, com a contribuição do projeto Mais Mulheres no Poder", acrescentou a secretária.
Veja ações do projeto Mais Mulheres no Poder
Proteção
A secretária citou ainda o canal gratuito Ligue 180 (Central de Atendimento à mulher), um serviço de utilidade pública que recebe denúncias de todos os tipos de violência contra a mulher.
"Não posso deixar de mencionar também que na última semana o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a Lei nº 14.151, que estabelece trabalho remoto para as trabalhadoras gestantes, sem perda remuneratória, enquanto perdurar a pandemia", completou.
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