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REFUGIADOS
Ministra Damares defende interiorização como garantia da dignidade humana para venezuelanos
Na primeira etapa da iniciativa, 200 mulheres venezuelanas e migrantes de países vizinhos serão beneficiadas (Foto: Willian Meira/MMFDH)
Durante o lançamento do programa de inclusão socioeconômica Beleza Além das Fronteiras, nesta sexta-feira (25), a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, defendeu a estratégia de interiorização como forma de garantir a dignidade humana para migrantes e refugiados venezuelanos no Brasil.
"Existem inúmeras famílias refugiadas vivendo em acampamentos no Brasil. Tenda não é lar e a única forma de levar dignidade humana para essas pessoas é a interiorização. Com a Operação Acolhida, o país está desenvolvendo um trabalho extraordinário. É simplesmente a maior e melhor ação de acolhimento do mundo", observou a ministra.
A iniciativa é uma parceria entre o MMFDH, o Movimento Virada Feminina e a Casa Venezuela, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM), e busca investir na autonomia econômica de mulheres venezuelanas e migrantes de países vizinhos com a inserção no mercado da beleza e integração no Brasil.
Nesta primeira etapa, serão ofertados treinamentos teóricos e práticos, além de oportunidades de emprego e de empreendedorismo neste setor para 200 mulheres. As candidatas participarão de curso de assistente de cabelereiro, de preparação para inclusão no mercado de trabalho e de treinamento para entrevistas. Além disso, terão apoio para abertura do registro como Microempreendedor Individual (MEI). Todas receberão certificados.
Para a presidente do Instituto Virada Feminina, Marta Lívia Suplicy, o programa foca não apenas na capacitação das mulheres venezuelanas, mas também na inclusão e inserção permanente no mercado de trabalho. "A responsabilidade desse projeto é muito mais do que só capacitar essas mulheres: é realmente fazer com que elas saiam cidadãs partícipes do município de São Paulo", afirmou.
O Chefe de Missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux, explicou que a entidade já trabalha há 60 anos em prol da população migrante e que a parceria com o governo brasileiro é fundamental para garantir uma migração segura, ordenada e digna. "A OIM está comprometida em apoiar o Brasil em seus esforços de proteção, acolhimento e integração da população migrante. Acreditamos que a integração econômica é a solução duradoura para os migrantes vulneráveis", completou Rostiaux.
A cerimônia de lançamento aconteceu na Casa Floráh, cuja diretoria é composta por Sandra Pitta e Andreia Bessa. As empresárias são as responsáveis pelos salões parceiros e oferecerão os espaços e as equipes de capacitadores para as atividades do projeto serem realizadas.
Dentre os representantes do MMFDH, estiveram presentes no evento a secretária executiva, Tatiana Alvarenga, a secretária nacional de proteção global, Mariana Neris, e a secretária nacional de políticas para as mulheres, Cristiane Britto.
Operação Acolhida e a interiorização
A Operação acolhida foi criada pelo Governo Federal em 2018 e consiste em uma força-tarefa humanitária executada com o apoio de agências da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil. Por meio da iniciativa, é oferecida assistência emergencial aos migrantes e refugiados venezuelanos que entram no Brasil pela fronteira com Roraima.
Já a estratégia de interiorização desloca essa população de Roraima para outros estados brasileiros, promovendo a inclusão socioeconômica de quem deixou a Venezuela. De acordo com dados da Operação, Desde o início da interiorização, em abril de 2018 até março de 2021, já foram interiorizadas mais de 50 mil pessoas para mais de 670 cidades brasileiras em diversas unidades da federação.
Agenda
Durante a agenda na capital paulista, a comitiva do MMFDH conheceu o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural (IOK). Fundada em 2007, a associação sem fins econômicos desenvolve projetos artísticos e esportivos voltados prioritariamente a crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual.
O roteiro incluiu ainda visita à Casa da Mulher Brasileira (CMB) de São Paulo. A iniciativa é da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do MMFDH e, somente de janeiro a maio de 2021, possibilitou 12,3 mil atendimentos a mulheres vítimas de violência.
Acompanharam a comitiva a deputada federal Carla Zambelli e a deputada estadual Valéria Bolsonaro.
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