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ATIVIDADE CORPORATIVA
Empresas devem promover mais ações de direitos humanos
O evento reuniu quatro secretárias nacionais do MMFDH — de proteção global, das mulheres, da família e da pessoa com deficiência
Independentemente do porte, as empresas brasileiras podem contribuir com a pauta dos direitos humanos. Soluções voltadas à inclusão da mulher e da pessoa com deficiência e ao equilíbrio trabalho-família em ambiente corportativo foram discutidas nesta segunda-feira (31) durante o 3º Fórum Nacional Responsabilize-se
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Promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o eventou reuniu quatro secretárias nacionais da Pasta: de proteção global, de políticas para as mulheres, da família e da pessoa com deficiência. A abertura ficou por conta da anfitriã, secretária Mariana Neris. Na oportunidade, a gestora ressaltou que o ministério está de braços abertos para dialogar com as entidades interessadas na integração empresas – direitos humanos.
“Estamos dispostos a construir um diálogo com ambientes corporativos, sindicatos, empresas, trabalhadores e organizações da sociedade civil porque a nossa intenção é convergir esforços para o engajamento de empresas, de forma a aliviar os impactos das suas ações sobre os direitos humanos e repensando estratégias para potencializar boas práticas”, disse.
Mulheres
A secretária nacional de políticas para as mulheres do MMFDH, Cristiane Britto, apresentou políticas públicas voltadas ao segmento feminino no mercado de trabalho, como o projeto-piloto Qualifica Mulher, voltado à autonomia econômica, e o Espaço Maternidade — que tem o objetivo de incentivar o aleitamento materno e promover a saúde e bem-estar de mães e bebês no ambiente corporativo.
Confira a página do Qualifica Mulher.
Saiba mais sobre o Espaço Maternidade.
Na ocasião, a secretária enfatizou que a relevância da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro já foi comprovada por estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que indicou que 45% dos lares são mantidos por mulheres. “Acrescento que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que a equidade salarial pode gerar um incremento de 6 trilhões de dólares na economia mundial”, disse.
Ainda segundo Britto, a força produtiva das mulheres também é apontada por especialistas considerando a predominância de características como empatia, sensibilidade, adaptabilidade e desenvoltura no relacionamento interpessoal. “Já entre as barreiras que por vezes fazem as mulheres desistirem dos cargos de liderança destacam-se o preconceito, a dupla jornada e autossabotagem com metas altas e grande pressão social”, observou.
Pessoa com deficiência
Durante o evento, a secretária nacional dos direitos da pessoa com deficiência do MMFDH, Priscilla Gaspar, citou os avanços na inclusão social por meio de dispositivos legais. Os destaques foram a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e as leis que tratam dos Planos de Benefícios da Previdência Social e da Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
“Todas essas legislações mudaram culturalmente o cenário da empregabilidade da pessoa com deficiência aqui no Brasil, porém essas pessoas ainda encontram dificuldades de acesso no mercado de trabalho. Seja por falta de habilidades inclusivas por parte das empresas, poucas oportunidades de qualificação trabalhista ou por causa da cultura de segregação enraizada no Brasil. As empresas precisam se comprometer com as medidas para eliminar as discriminações”, afirmou.
Família
Titular da Secretaria Nacional da Família (SNF), Angela Gandra abordou a importância do equilíbrio entre trabalho e família. Para ela, os empregadores podem influenciar diretamente o núcleo familiar dos funcionários, por meio da adoção de iniciativas que respeitem a valorização de vínculos.
Gandra acredita que é preciso ter ambientes de trabalho familiarmente apoiadores, a partir de três componentes. “O primeiro consiste nas políticas organizacionais representadas pelos serviços que ajudam a tornar o gerenciamento das responsabilidades familiares diárias mais fáceis”, explicou.
“O segundo é o chefe imediato familiarmente apoiador, que é simpático ao desejo do empregado de procurar equilíbrio entre trabalho e família e que se engaja no esforço para ajudá-lo. Os colegas de trabalho que são simpáticos ao desejo do colega de procurar equilíbrio entre trabalho e família e se engajam no esforço para ajudá-lo representam o terceiro componente”, indicou.
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