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SAÚDE
Cardiopatia congênita: diagnóstico e tratamento precoce fazem a diferença para pacientes
O Ministério da Saúde estima que 30 mil crianças nasçam por ano com algum tipo de doença no coração (Divulgação)
Promover o diagnóstico e o tratamento precoces como forma de garantir a qualidade de vida dos portadores da má formação. Esses foram as principais conclusões do webnário realizado nesta segunda-feira (14) para celebrar o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, que foi celebrado no sábado (12). O evento foi promovido e apresentado nas redes sociais do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
A titular da Pasta, ministra Damares Alves, participou da abertura do encontro chamando atenção para o apoio às famílias. “Sabemos que quem sofre não é apenas a pessoa portadora da cardiopatia, mas toda a família. Não dá mais para falarmos em políticas públicas de saúde sem trazer a família para o foco. Nesse sentido, quero destacar a forma transversal com que o assunto está sendo cuidado dentro do Governo Federal. Consideramos este evento um marco inicial de grandes debates", observou.
Um dos palestrantes convidados foi o cirurgião cardiovascular Renato Assad. O especialista apresentou uma linha do tempo e enfatizou que as cirurgias hoje são realizadas cada vez mais cedo e isso faz toda a diferença na vida de quem convive com o problema. "Na década de 1970, raramente se operava as crianças portadoras de cardiopatia congênita com menos de um ano de vida. Com o passar do tempo e com os avanços tecnológicos, o tratamento passou a ser factível nos primeiros dias de vida”, explicou.
“Hoje temos inúmeras cardiopatias tratadas dentro da vida intrauterina por meio de um diagnóstico precoce. Ou seja, o impacto do diagnóstico pré-natal é importante não só para orientar a gestante, como também para proporcionar a chance de tratamento cirúrgico ou por cateterismo”, completou Assad.
Realidade
A advogada Janaína Solto e a comunicadora Larissa Mendes, que são mães de crianças portadoras de cardiopatias, relataram suas experiências e sensações depois de receberem a notícia da má formação.
“Quando a gente descobre, é um momento muito delicado porque a maioria de nós nunca ouviu falar que uma criança poderia nascer com um problema cardíaco. Existe muito medo, muita insegurança e precisamos nos adaptar muito rápido para buscar tratamento para criança”, contou Larissa.
“Passamos por todas essas emoções e corremos o risco de entrar em depressão. Quando descobrimos precocemente, a gente consegue preparar o parto, saber se vamos precisar de uma UTI neonatal, uma equipe de suporte, ou mesmo uma cirurgia já nos primeiros dias”, observou Janaína.
Histórico
A cardiopatia congênita é classificada como uma Doença Cardíaca Congênita (DCC). O problema consiste em uma má formação no desenvolvimento da estrutura do coração que aparece nas primeiras semanas de gestação. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, estima-se que nasçam aproximadamente 30 mil crianças com alguma cardiopatia congênita. O número reforça que um a cada 100 bebês é portador da má formação.
Os problemas de má formação cardíacas congênitas podem variar de condições simples, que não apresentam sintomas, a situações complexas, com sintomas mais graves e potencialmente fatais. Como não é considerada uma doença evitável, o diagnóstico pré-sintomático dos defeitos cardíacos que ameaçam a sobrevivência do recém-nascido é primordial para que haja um atendimento correto no tempo necessário, configurando o tratamento precoce.
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