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RECONHECIMENTO
Sessenta e cinco empresas do país recebem o Prêmio Pró-Equidade
O objetivo é disseminar novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional para alcançar a igualdade entre mulheres e homens. (Foto: Willian Meira/MMFDH)
Em uma lista de 122 organizações participantes, 65 se destacaram nas práticas inclusivas e de direitos humanos e foram contempladas com o selo da 6ª edição do Programa Pró-Equidade nesta quarta-feira (14). Uma iniciativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a solenidade de premiação ocorreu em Brasília (DF).
Confira a relação das empresas
Na ocasião, a ministra Damares Alves chamou a atenção para a importância de também fazer a diferença fora do mundo corporativo. “Nos ajudem a alcançar as mulheres que ainda estão abandonadas no Brasil. Essa é uma nação gigante e plural, eu tenho a mulher indígena, quilombola, cigana, ribeirinha, a que cata castanha, a que colhe açaí, a marisqueira, albina, mulher com nanismo. Estamos trabalhando muito para que ninguém fique para trás. Então continuem nos ajudando”, convidou.
Participante do evento, o presidente do Banco do Brasil (BB), Fausto de Andrade, abordou o avanço feminino na instituição. “Nós hoje somos 87 mil funcionários, dos quais 42 mil são mulheres. De 36 mil cargos comissionados de baixa e média gerência, 12 mil já são mulheres. Isso nos dá 36% das mulheres nesse tipo de função, já ocupando cargos de liderança feminina. Ainda temos muito o que fazer na alta gerência, porque apenas 11% são mulheres, mas temos esse compromisso de buscar um equilíbrio melhor nessa relação”, afirmou.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, deu ênfase às ações de equidade e ao combate à corrupção no banco, que não contava com o segmento feminino na alta gestão. “Quando nós assumimos, com a liberdade total do presidente da República, nós fizemos uma reorganização de duas semanas. Então 105 dos 120 principais executivos foram trocados, e dos vice-presidentes e diretores, 14 são mulheres. E dos 12 vice-presidentes, nós temos três mulheres”, celebrou.
Atuação
Também presente no evento, a secretária nacional de políticas para as mulheres do MMFDH, Cristiane Britto, parabenizou as empresas participantes pelo compromisso com a promoção da equidade entre homens e mulheres no mundo do trabalho.
“Sabemos dos inúmeros desafios que muitas mulheres enfrentam para chegar em cargos de liderança, entre eles, a dificuldade em conciliar a vida pessoal e profissional, a desconfiança sobre a qualidade do trabalho e a falta de incentivo de algumas corporações. Para que elas consigam evoluir no mundo do trabalho, são necessários a conscientização e o incentivo de práticas mais inclusivas que promovam a igualdade de oportunidades”, disse.
Para o secretário nacional de promoção da igualdade racial do MMFDH, Paulo Roberto, a entrega do Selo representa mais um passo na longa caminhada da busca pela eficácia social, para além da jurídica. “Nós temos um exemplo na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que preza pela igualdade de salário sendo idêntico o trabalho prestado ao mesmo empregador. Entretanto, as mulheres do Brasil ganham 77,7 % do que ganham os homens, o que está na lei não está sendo cumprido”, contou.
“Se fizermos um recorte racial, veremos a diferença ainda mais aguda. Cerca de 28% da população brasileira é composta por mulheres negras, quase um terço, e menos da metade delas ocupam trabalho remunerado”, acrescentou.
Programa
Promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça tem o objetivo de disseminar novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional para alcançar a igualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho. A iniciativa é voltada a empresas de médio e grande porte, públicas e privadas, com personalidade jurídica própria. A adesão é voluntária.
Ao participar do programa, a empresa elabora a ficha perfil da organização e um Plano de Ação explicitando como vai desenvolver as ações de equidade de gênero e raça, de forma transversal e interseccional, dentro da organização.
A empresa que executa as ações de maneira satisfatória, no período do programa, conta com uma marca de gestão eficiente – o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça - que contribui para o alcance de bons resultados econômicos, financeiros e socioambientais, e a divulgação nacional e internacional (por meio eletrônico) sobre o compromisso assumido com a igualdade.
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