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VOLTA ÀS AULAS
Carta Aberta a prefeitos aponta danos ao desenvolvimento de crianças e adolescentes com o fechamento das escolas
O Ministério da Mulher, da Família e do Direitos Humanos (MMFDH) publica, nesta sexta-feira (9), uma carta aberta voltada para prefeitos em relação à reabertura das escolas das redes de ensino público e privado de todo o país. Baseado em estudos e levantamentos realizados desde o início da pandemia, o documento traz uma série de considerações a respeito do panorama da suspensão do ensino presencial na vida das crianças e dos adolescentes.
“Entendemos que o retorno às aulas presenciais está vinculado a uma real preocupação com a educação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social ou com alguma deficiência, inclusive no contexto da insegurança alimentar agravada pela falta da merenda escolar em decorrência da manutenção do fechamento das escolas”, destaca o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha.
Na Carta Aberta, a Secretaria Nacional aponta significativas perdas de aprendizado pelos estudantes, especialmente no âmbito das famílias como menos recursos financeiros. Um dos levantamentos apresentados no documento foi realizado pela Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que a interrupção não só acarreta riscos ao bem-estar, educação e proteção das crianças em todo o mundo, como também consequências econômicas indesejáveis de longo prazo, potencializando desigualdades.
“De acordos com dados do Disque 100, mais de 55% das denúncias de violação de direitos humanos registradas em 2019 foram contra crianças e adolescentes. Quantas crianças deixaram de ser acompanhadas pelos professores e estão sofrendo sozinhas em casa?”, indagou o secretário.
O material menciona ainda estudos da universidade John Hopkins e pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina, ambas instituições americanas, além de dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que apontam os impactos econômicos sobre o fechamento das escolas.
Além disso, o Ministério se posiciona favorável à reabertura das escolas, de forma planejada, híbrida, gradual e escalonada por faixa etária - respeitadas as medidas sanitárias federais, estaduais e municipais em vigor expedidas pelas autoridades de saúde competentes. A Pasta entende ainda que deve ser facultado aos pais a opção por mantê-los no ensino à distância ou no ensino presencial.
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