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AGOSTO LILÁS
Delegacia do DF vai oferecer assistência jurídica e psicossocial para mulheres em situação de violência
A solenidade ocorreu nesta quinta-feira (19), com a participação da secretária nacional de políticas para as mulheres do MMFDH, Cristiane Britto. (Foto: Willian Meira/MMFDH)
O atendimento humanizado para vítimas de violência doméstica é o foco do Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (Nuiam), que começou a funcionar nesta quinta-feira (19), na 11ª Delegacia de Polícia, no Núcleo Bandeirante (DF). Uma iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF), o projeto conta com o apoio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Presente na cerimônia de inauguração da unidade, a titular da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM/MMFDH), Cristiane Britto, ressaltou que o Nuiam tem o intuito de somar com as iniciativas já implementadas pelo DF. Na unidade, as mulheres poderão registrar ocorrência policial, além de receber atendimento jurídico e psicossocial. Os espaços contam ainda com brinquedoteca para as crianças.
“Essa também será uma prioridade no nosso Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio (PNEF), que será lançado nos próximos dias, em parceria com os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Saúde, da Educação e da Cidadania. O nosso intuito é expandir o Nuiam. Nós já estamos em fase de implementação em três estados brasileiros: um no Acre, um em Goiás e dois no Mato Grosso do Sul. Essa é a nossa proposta, levar esse modelo de política pública que já tem dado certo aqui no DF para o restante do país”, afirmou a secretária.
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido, esse é um marco na história do combate às violações. “A violência doméstica sempre foi muito subnotificada. Muitas mulheres ainda se sentem acuadas, com vergonha ou com medo de denunciar o companheiro, o filho, e interromper o ciclo da violência que ela está vivendo. E esse núcleo é justamente para isso, para que ela possa se sentir mais segura dentro do ambiente policial, com profissionais capacitados, que conduzam não só a investigação, mas também essa nova inserção da mulher na sociedade”, enfatizou.
Ainda durante o evento, a delegada Viviane Bonato apresentou números recentes. Segundo a especialista, nos seis primeiros meses deste ano, as delegacias do DF registraram quase 10 mil ocorrências de violência doméstica e familiar, com cerca de 8,5 mil medidas de urgência requeridas. “De janeiro a agosto, já tivemos 17 feminicídios no DF, um aumento de 41,7% em relação ao mesmo período do ano passado”, completou.
Também estiveram presentes a secretária da mulher do DF, Ericka Filippelli, o secretário adjunto nacional da segurança pública, Juruebe de Oliveira Júnior, o secretário executivo de segurança pública do DF, Milton Rodrigues Neves, o juiz de direito titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Núcleo Bandeirante, Ben-Hur Viza, o promotor de Justiça Diógenes Antero Lourenço, a defensora pública do DF, Rita de Cássia, e o deputado distrital Hermeto de Oliveira Neto.
Diferencial
Moradora do Núcleo Bandeirante há oito anos, a vendedora Irlene de Andrade celebra a implantação do Nuiam. “Vai ser muito bom, antigamente aqui não tinha nada disso. Para resolver as coisas, a gente tinha que ir para outras cidades. Essa iniciativa é muito importante para as pessoas que estão passando por essa situação e não têm apoio nem orientação, então isso vai servir para tudo, vai ser um diferencial na vida da mulher”, destaca.
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