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REPRESENTATIVIDADE
Mulheres batem recordes de participação na política brasileira
Foto: Banco de imagens/Internet
"A participação de mulheres está avançando de forma significativa na política, como podemos observar ao visualizar os resultados das últimas eleições e da ocupação de cargos estratégicos no âmbito da Câmara dos Deputados". A observação é da secretária nacional de políticas para as mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Cristiane Britto, ao comentar fatos recentes da participação feminina na política.
Entre os destaques, a gestora chama a atenção para o número de mulheres que atualmente ocupam a mesa diretora da Câmara dos Deputados, a posse da primeira vereadora com Síndrome de Down e a produtividade legislativa feminina. "Pela primeira vez temos três mulheres na direção da Câmara dos Deputados: Rose Modesto (PSDB/MS), Marília Arraes (PT/PE) e Rosângela Gomes (Republicanos/RJ)", explica a secretária.
A integrante do MMFDH enfatiza também que as mulheres estão à frente de sete das 25 comissões permanentes da Câmara Federal. "Em 2019, apenas três comissões eram presididas por deputadas. Neste ano, as congressistas comandam alguns dos colegiados mais importantes da Casa, como a Comissão de Constituição e de Cidadania e a Comissão Mista de Orçamento", comemora.
A titular da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM) ressalta ainda que, "ocupando apenas 15% das cadeiras, as deputadas são responsáveis por 22% dos projetos relacionados à educação e 25% das propostas da área da saúde". Os dados são de um estudo de organização da sociedade civil referente aos anos 2015 a 2020.
Inclusão
No âmbito das mudanças, o MMFDH celebra a inclusão das mulheres com deficiência, como é o caso da primeira pessoa com Síndrome de Down a assumir o cargo de vereadora no país, Luana Rolim (PP-RS). A solenidade ocorreu neste mês.
A fisioterapeuta de 26 anos é a primeira suplente e tomou posse após licença médica do titular da cadeira. Ela representa o município de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul (RS).
"Essa experiência foi um marco histórico para mim. Estou ainda emocionada pela posse e por ter chegado aonde cheguei. Sei que posso muito mais. Ser a representante das pessoas com Síndrome de Down é um sonho, uma bandeira que defenderei com muita garra e orgulho. Acredito que serei exemplo e inspiração para muitos dos brasileiros na minha condição", afirma a vereadora.
Números
Ainda sobre os avanços, houve aumento da participação feminina nas últimas eleições. Iniciativas como o projeto Mais Mulheres na Política, do MMFDH, buscaram esse crescimento.
Acesse mais informações sobre o projeto
"Foram mais de 187 mil mulheres candidatas em todo o país, ou seja, cerca de 28,5 mil a mais do que em 2016. No resultado das Eleições 2020 também tivemos mais mulheres eleitas: foram 658 prefeitas contra 641 anteriormente", ressalta a secretária Cristiane Britto.
Para o cargo de vereadora, as mulheres conquistaram mais de 1,4 mil novas cadeiras nas Câmaras Municipais de todo o país. Em 2016 eram 7,8 mil eleitas e atualmente são 9,1 mil.
Além disso, também caiu a taxa de zero representatividade em 343 municípios. Nas eleições de 2016, 1,2 mil casas legislativas não contavam com uma única vereadora. Agora são 948 nessa condição.
Para a secretária, as políticas públicas integradas entre os Poderes Legislativo e Executivo contribuíram de forma significativa para o aumento dos índices, com destaque para protocolo de intenções assinado com 18 partidos, no âmbito do projeto Mais Mulheres na Política.
Lançado em agosto do ano passado, o projeto teve o objetivo de eleger pelo menos uma vereadora em cada um dos 5,5 mil municípios brasileiros nas Eleições 2020. Para isso, as ações abrangeram campanhas de conscientização e disseminação de informações sobre o processo eleitoral, além do recebimento das denúncias de violência política por meio do canal gratuito Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher).
Saiba como acionar o Ligue 180
"O que podemos afirmar é que o nosso objetivo é ampliar expressivamente a participação feminina nesses espaços de poder. Nós seguiremos desenvolvendo ações para que elas inclusive tenham condições de exercer seus mandatos na sua plenitude ”, destaca Cristiane Britto.
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