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Live do projeto Conversando sobre a Pessoa com Deficiência debate a Avaliação Biopsicossocial
Divulgação/SNDPD
O Conversando sobre a Pessoa com Deficiência teve como tema, nesta quarta-feira (2), a Avaliação Biopsicossocial. A convidada desta edição foi a médica, professora e ativista das pessoas com deficiência, Izabel Maior. Durante a live, a doutora explicou o que é e como esse modelo de avaliação interfere na vida das pessoas com deficiência e na implementação de políticas públicas. Veja ao vídeo:
“Precisamos imediatamente definir o que é a avaliação biopsicossocial. Em 2007, nós já nos reuníamos para saber se era possível uma avaliação unificada ao invés de cada pessoa com deficiência ter que ir até um médico ou ambulatório em busca de um laudo que vinha definido em um código. Nos dias de hoje, o Brasil ainda não tem um padrão a ser adotado até que seja regulamentada a avaliação biopsicossocial”, alertou Izabel.
Avaliação Biopsicossocial
A Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), Lei nº 13.146 de 2015, estabeleceram um novo paradigma ao definirem a deficiência como “impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições”.
Nesse cenário, surgiu o modelo social de deficiência e sua avaliação biopsicossocial, que não é centrada unicamente nos impedimentos de ordem física, sensorial, intelectual ou mental, mas, em especial, nas barreiras do meio e nas restrições impostas à participação social de cada pessoa.
À luz disso e após amplos testes, com validação científica, realizados pela Universidade de Brasília (UnB), foi identificado o melhor e mais adequado modelo de avaliação da deficiência até o momento: o Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBr-M).
Além de abranger a deficiência e a funcionalidade, seus itens discorrem sobre estruturas e funções do corpo, fatores ambientais, domínios da vida, atividades, participação e restrição de participação social.
O projeto
Desde maio, uma série de lives, idealizada pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, discute todas as quartas-feiras um tema relacionado às pessoas com deficiência e doenças raras. Segundo a titular da SNDPD, Priscilla Gaspar, a programação surgiu durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) como forma de interação entre o Ministério e as pessoas com deficiência.
"Pensamos em organizar essas lives com o objetivo de ser um canal direto de conversa com as pessoas com deficiência também nesse período de isolamento social. Trazemos todas as semanas temas focados nas reivindicações e políticas públicas relacionadas às necessidades das pessoas com deficiência", explicou.
“Para o público sem deficiência é a oportunidade de conhecer um pouco mais desse universo, sempre em busca de um Brasil cada vez mais justo e inclusivo", completou a secretária.
A programação já contou com a participação de diversos convidados que trataram, entre outros temas, sobre a acessibilidade nas lives; pessoa com deficiência e maternidade; brincadeiras para crianças com deficiência no período da quarentena; pessoas com deficiência e o acesso à informação durante a pandemia do Coronavírus e a importância das secretarias estaduais e municipais voltadas para as pessoas com deficiência.
Os participantes também já contribuíram com dicas sobre como melhorar nossa imunidade em tempos de pandemia; orientações para profissionais da saúde e sobre o coronavírus para pessoas com doenças raras; informações sobre o albinismo e o esporte como forma de inclusão para pessoas com deficiência.
Para dúvidas e mais informações:
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