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Live debate caminhos para desenvolvimento de resiliência e autorresponsabilidade em jovens
Fotos: Divulgação/SNJ
Uma roda de conversa informal e online mostrou, nessa segunda-feira (28), a importância da resiliência e da autorresponsabilidade para a prevenção do suicídio e da automutilação entre jovens. A iniciativa reuniu autoridades do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) para debater os caminhos para a construção dessas características na juventude.
A titular da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), Emilly Coelho, destacou que encontrar um propósito de vida pode ajudar os jovens no desenvolvimento da resiliência e da autorresponsabilidade. “É a ideia de viver além de si. Quando a gente tem senso de amor e serviço pelo outro, consegue enfrentar os desafios impostos pela vida”, disse.
Ela destacou que essa busca por um sentido está muito além da exposição de vidas perfeitas em redes sociais. “Os jovens precisam entender que a sua importância não está no número de seguidores que possuem, mas na quantidade de vidas que conseguem tocar”, afirmou.
Emilly lembrou ainda que a live é uma das ações da campanha #DêumLikenaVida, que tem o objetivo de estimular os jovens a compartilhar momentos reais com a família e os amigos ao reforçar a importância do diálogo e desmistificar a vida virtual. “A SNJ tem se preocupado em desenvolver ações voltadas para a saúde mental de jovens, principalmente com a pandemia”, reforçou.
Durante a conversa, a secretária nacional da família, Angela Gandra, destacou o papel essencial da família na formação dos jovens para que saibam lidar com as diversas situações da vida e para que tenham senso de propósito. “Aprendemos resiliência dentro de casa. No entanto, nos últimos anos perdemos essa perspectiva na família e isso impacta no amadurecimento de crianças, adolescentes e jovens”, explicou a secretária.
O secretário nacional dos direitos da criança e do adolescente, Maurício Cunha, reforçou a necessidade de trabalhar o senso de vocação para distanciar os jovens do consumismo, do materialismo e do foco exagerado na vida virtual das redes sociais.
“Lembrar os jovens a contribuição única que cada um pode dar ao mundo. Quando entendemos essa identidade e sabemos quem somos, identificamos a nossa vocação, senso de missão e propósito. Com isso, pode vir a adversidade que vier, fica mais fácil aguentar firme”, ressaltou na live.
O psicólogo e idealizador do projeto Oxigênio, Sabino Dourado, que desenvolve palestras sobre saúde mental em diversas escolas, também participou da conversa. Ele disse ser preocupante o número de adolescentes que encontram na automutilação e na tentativa de suicídio uma forma de acabar com suas dores.
“A família é a base de tudo. Por isso, precisamos preparar pais e filhos, pois o diálogo sempre pode resolver essas problemáticas. O que percebemos é que a superproteção emocional e a liberdade exagerada nas famílias têm minado a possibilidade de gerar resiliência e autorresponsabilidade em jovens”, acrescentou.
Setembro Amarelo
Em 2003, o dia 10 de setembro foi instituído Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP). No Brasil, em apoio à iniciativa, o período do Setembro Amarelo tem sido marcado pela ampliação dos debates sobre a prevenção do suicídio no país.
A campanha, que ganha força neste mês, foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Ao todo, 30 dias são destinados a atividades de conscientização.
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