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Especialistas tiram dúvidas sobre pautas municipalistas e crimes eleitorais em oficina do Mais Mulheres na Política
Foto: Divulgação/SNPM - MMFDH
A quarta oficina do projeto Mais Mulheres na Política foi realizada nessa quinta-feira (8). Durante a transmissão pelo Facebook do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), especialistas esclareceram dúvidas sobre pautas municipalistas e crimes eleitorais.
A titular da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM), Cristiane Britto, destacou os desafios enfrentados por muitas candidatas neste ano. "É nos ombros dessas mulheres que muitas das dificuldades da pandemia acabaram caindo.
Muitas que se programaram para se candidatar foram surpreendidas com a necessidade de uma jornada dupla, tripla... Precisamos ajudar essas mulheres para não desistirem", afirmou.
Convidada para ministrar a oficina, Dalva Christofoletti, que atua há quase 67 anos no Movimento Municipalista Nacional (MMM), disse ser fundamental que as candidatas a vereadora ou prefeita conheçam a Lei Orgânica de seu município.
"É preciso conhecer, por exemplo, o orçamento do primeiro ano do mandato. Elas serão eleitas em 2020, mas o orçamento de 2021 será aprovado neste ano. Então, se ela for sonhar em, no ano que vem, entrar no gabinete, tomar posse e fazer várias coisas, terá que se adequar ao orçamento", ressaltou Christofoletti.
Além da importância de conhecer a legislação, Dalva comentou um pouco sobre o orçamento municipal, o que é transferência, emenda, fundo de participação dos municípios, e alguns outros pontos essenciais da gestão pública. Ela também falou sobre a necessidade de oportunidades iguais para homens e mulheres.
"Se tivéssemos mais mulheres com poder de cargo eletivo, com certeza teríamos uma sociedade mais humanizada, mais equilibrada. A mulher, na sua feminilidade e no seu instinto maternal, trata as coisas com mais humanidade. Acredito que homens e mulheres juntos se completam", avaliou. "Mas ainda estamos em um momento em que precisamos desse tipo de ação que o Ministério está fazendo", completou.
Já a gestora de políticas públicas, especialista em controle e membro na Virada Feminina, Barbara Reis, fez uma explanação sobre pontos relacionados a crimes eleitorais. "A corrupção começa na eleição, quando um candidato age com irregularidade, compra votos e o cidadão não denuncia. A democracia não é só na hora do voto, mas também quando o eleitor usa os canais de denúncia para mostrar onde há fraudes, irregularidades, compra de votos", alertou.
Sobre essa prática, Bárbara explicou que oferecer dinheiro ou qualquer tipo de brinde ou benefício em troca de votos, ainda que o eleitor recuse, caracteriza crime eleitoral. "O preço do voto é muito caro. Muito mais do que um dinheiro que se possa receber por ele. Custa uma ou várias políticas públicas eficientes", salientou.
Mais Mulheres no Poder
Instituído por meio de portaria, o projeto Mais Mulheres no Poder é uma estratégia de conscientização sobre a participação política das mulheres em cargos eletivos, de poder e de decisão para o pleno exercício da democracia representativa e participativa.
O projeto tem como foco neste primeiro ano a plataforma “Mais Mulheres na Política”, em alusão às Eleições de 2020. A missão do Governo Federal é atuar para estimular a participação das mulheres na política e, assim, provocar um grande movimento para que seja eleita ao menos uma vereadora em cada um dos quase 5.700 municípios brasileiros.
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