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Câncer de mama: Webinário compartilha formas de prevenção, tratamento e importância do diagnóstico precoce
Foto: Divulgação/SNPM-MMFDH
Diagnóstico precoce do câncer de mama, formas de prevenção e saúde mental foram alguns dos temas do webinário realizado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) nessa segunda-feira (26). O evento denominado "Outubro Rosa: Câncer de mama, este não é o fim!” foi transmitido pelas redes sociais.
Os painéis se concentraram em ensinar como todos podem ajudar a cuidar melhor das mulheres. A titular do MMFDH, ministra Damares Alves, fez um pedido: “Mulheres, não desistam. No ministério, temos muitas mulheres que passaram pelo tratamento e estão bem. Temos que nos lembrar desse tema todos os dias”.
A secretária nacional de políticas para mulheres, Cristiane Britto, reforçou a importância da discussão sobre o tema sob olhares distintos. “Estamos reunidos com o objetivo de promover o diagnóstico precoce e a disseminação de informação relevantes sobre o tratamento”, disse ao lembrar que o tema ganha ainda mais relevância com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Não podemos deixar que isso prejudique a realização de exames preventivos. Quem teve que interromper o tratamento, retome e procure orientação médica. A pandemia não pode atrapalhar a continuidade de tratamento”, completou.
Durante o webinário, o médico oncologista Fernando Maluf compartilhou dicas básicas relacionadas ao estilo de vida das mulheres que podem ajudar na prevenção ao câncer de mama. De acordo com ele, não fumar, fazer exercício físico e ter uma alimentação saudável são alguns dos fatores que auxiliam no combate à doença. O especialista ressaltou ainda que apenas 10% dos casos de câncer de mama têm fator totalmente genético.
“Muitas ações estão em nossas mãos. No entanto, requerem disciplina. Hoje, metade dos tumores resulta de fatores ambientais, decisões que nós escolhemos. O estilo de vida da pessoa é superimportante”, explicou Maluf.
Ao falar sobre a importância da realização de exames de imagens periódicos para a detecção precoce da doença, ele lembrou que o autoexame é uma ação complementar à mamografia e à ecografia.
Outros aspectos destacados pelo médico foram a particularização no atendimento e garantia de comunicação fácil a pacientes oncológicos. “Faço parte do grupo dos médicos que são humanos, que trabalham com medicina, essa área que está muito longe de ser matemática. É uma ciência de estimativa. Aprendo muito com pacientes e famílias”, contou.
Prevenção na juventude
A secretária nacional da juventude, Emilly Coelho, também participou do webinário. Ela ressaltou a necessidade das jovens ficarem atentas. “Embora a incidência de câncer de mama aumente a partir de 40 anos, as jovens não estão imunes à doença. Quando começam a realizar exames, ainda na juventude, ajudam a reduzir as chances de câncer de mama no futuro”, enfatizou.
A ministra Damares Alves também mandou um recado especial para as mulheres jovens. “Neste Outubro Rosa, o nosso recado foi para as jovens que podem começar a se cuidar agora. Elas não podem se esquecer da prevenção”, disse.
Saúde mental
Em relação à saúde mental das pacientes, o médico psiquiatra e secretário de cuidados e prevenção às drogas do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro Júnior, afirmou que o tratamento do câncer de mama, além de provocar uma sobrecarga emocional, mexe com a feminilidade, autoestima e com as relações das mulheres, com filhos e maridos.
Ele também ressaltou que os transtornos mentais são mais suscetíveis de aparecer em mulheres que sofrem com a doença em condições socioeconômicas mais vulneráveis. Muitas têm depressão, ansiedade ou estresse pós-traumático. “Toda a vulnerabilidade e sobrecarga emocional, além da incerteza do desfecho da doença, acabam aumentando as chances desse tipo de transtorno”, salientou.
Durante o webinário, também foi divulgado o trabalho do tatuador Rodrigo Catuaba. Ele realiza tatuagens reparadoras em mulheres que tiveram a mama removida no tratamento de câncer. O objetivo é auxiliar na autoestima dessas mulheres.
Amamentação como prevenção
Presente na transmissão, a gerente do Instituto Avon, Mafoane Odara, falou sobre a amamentação como forma de prevenção ao câncer de mama. “O estímulo ao desenvolvimento das glândulas é um fator fundamental para que o câncer não apareça. Amamentar é superimportante para a saúde da mulher”, afirmou.
Após um breve relato pessoal sobre a amamentação no ambiente de trabalho, Mafoane aproveitou a própria ocasião do evento para amamentar a filha de três anos. “Para mim, a amamentação tem relação direta com a maternidade. Poder fazer isso é conseguir se conhecer e exercer o máximo da nossa potência”, disse.
Voluntariado contra o câncer de mama
Também participou do webinário a coordenadora de voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, Vera Lúcia Bezerra da Silva. Segundo ela, hoje, a rede reúne mais de 500 voluntárias que levam apoio para pacientes com câncer de mama. A organização atende em média quase 800 mulheres por mês.
“Ser voluntário é um trabalho tão gratificante porque a gente chega com a ideia de que vai ajudar, mas acaba sendo ajudado. A gente não vive só de dinheiro. Vive de ouvir, de acolher, de dar um abraço, de dizer ‘estou com você’. O objetivo do voluntariado é servir. Todos os dias aprendo algo”, garantiu.
Outubro rosa
Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero.
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