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Pós-pandemia: Guia orienta professores, alunos e famílias na volta às aulas
Lançado nesta quarta-feira (25), o "Guia de orientações: Acolher vidas para fortalecer emoções e criar estratégias pós-pandemia - Covid-19" deve contribuir para nortear ações no contexto escolar. A publicação da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) foi elaborada sob a ótica dos direitos humanos.
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"É de máxima importância a adoção de medidas sanitárias, a preparação dos ambientes e a capacitação dos profissionais para o acolhimento dos estudantes. É fundamental que os profissionais da educação estejam fortalecidos, assim como as famílias dos educandos, para que possam atuar em todo o processo sobre as decisões e os protocolos, com o objetivo de assegurar um retorno seguro", especifica a cartilha.
O material destaca que todos foram impactados pela pandemia do novo coronavírus, resguardadas as devidas proporções, e cita, entre outros fatos, a perda de um ente querido; a experiência de contrair o vírus; a carência de elementos básicos como a alimentação.
Outras consequências derivadas do período de isolamento social citadas na publicação são a perda da fonte de renda de um pai, mãe ou responsável; a dificuldade de acesso à tecnologia e ao ensino remoto; problemas referentes a serviços de saúde; e violações sofridas por crianças e adolescentes.
"Nenhum de nós poderia ter se preparado ou sequer imaginado ser possível uma situação como a que vivemos hoje. Tempo de medo, incerteza e insegurança, no qual fomos obrigados abruptamente a nos recolher em nossos lares, todos de uma vez", afirmou a titular do MMFDH, ministra Damares Alves.
Para a ministra, as crianças que voltarão à escola não serão mais as mesmas, assim como os professores e demais profissionais do ambiente escolar. Quanto à categoria, ela acrescenta que são protagonistas e heróis, pois contribuíram para que uma geração de estudantes não sofresse a perda irreparável de um ano letivo.
"Nos damos conta de que pairam no ar várias perguntas. Qual será o estado psicológico e emocional dessas crianças? Quantas destas estão vivenciando o isolamento social com alegria por estarem mais próximas da família? Quantas estão enfrentando dias de terror por estarem presas com seus abusadores? O que elas estão presenciando e absorvendo nesses meses?", indagou.
Segundo Damares, também é essencial zelar pelo estado psicológico dos professores e professoras que retornarão ao trabalho presencial. "Quantos destes profissionais são vítimas de violência doméstica ou estão passando dificuldades maiores? Quantos alunos e professores tiveram vidas de entes queridos ceifadas pela Covid-19?", questionou.
Retorno
O titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA/MMFDH), Maurício Cunha, lembra que o mundo inteiro mudou diante do cenário da pandemia. "Ressignificar a escola e a volta às aulas deve passar pelo reforço do entrelaçamento dos espaços da família e o desenvolvimento de competências socioemocionais. Sua escola e sua casa estão preparadas?", frisou ao propor uma reflexão sobre o tema.
O secretário ressalta que as medidas anunciadas pelas instituições de ensino incluem turmas reduzidas, carteiras afastadas, janelas abertas, ambientes devidamente higienizados, todos de máscaras e pouca - ou quase nenhuma - aglomeração.
"Após meses em casa, crianças e adolescentes terão que voltar à rotina de acordar cedo, ficar grande parte do dia distante dos pais e voltar a se relacionar fisicamente com professores e colegas em um cenário que ainda exigirá cuidados de prevenção ao vírus", disse.
Apesar disso, Cunha acredita nas mudanças positivas. "A nova escola no cenário pós-coronavírus terá que ser mais humana, terá que aperfeiçoar sua relação com as famílias e acolher seus alunos, cuidando do seu desenvolvimento integral: corpo, mente e emoções", concluiu.
Canais de denúncia
Violações contra crianças e adolescentes devem ser denunciadas. Os casos podem ser registrados pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos), app Direitos Humanos Brasil e pelo site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH). Os canais são gratuitos e funcionam 24h por dia, inclusive em feriados e nos finais de semana. Os serviços implementados pelo MMFDH também podem ser acionados pelo WhatsApp e Telegram. Saiba mais.
Os canais que também atendem graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso podem ser utilizados por qualquer vítima ou testemunha. Quem procura os órgãos competentes colabora para que os autores muitas vezes sejam pegos ainda em flagrante.
Para dúvidas e mais informações:
gab.sndca@mdh.gov.br
Atendimento exclusivo à imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MMFDH
(61) 99558-9277