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Durante 16 dias, campanha promoverá ações pelo fim da violência contra as mulheres
Uma série de ações vão marcar os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. A campanha deste ano foi lançada nesta quarta-feira (25) de forma online pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados. O evento contou com a participação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
O MMFDH foi representado no evento pela titular da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM/MMFDH), Cristiane Britto. Na oportunidade, ela apresentou as ações do governo relacionadas ao enfrentamento à violência contra a mulher.
“Infelizmente, todos sabemos que a violência contra a mulher é uma realidade e, neste ano de 2020, o cenário se agravou em razão da pandemia do novo coronavírus”, relatou a secretária. “O convívio mais intenso com o agressor dentro de casa acabou deixando a mulher mais vulnerável e com mais dificuldades em procurar ajuda”, acrescentou.
Para a titular da SNPM, a mobilização realizada em meio à crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) mostra a força e a capacidade do Estado para combater o problema. “Conseguimos implementar novos canais de denúncias, como o aplicativo Direitos Humanos Brasil, um portal e até a possibilidade de registro por meio de aplicativos como Telegram e, mais recentemente, pelo WhatsApp do Ligue 180, com o número (61) 99656-5008”, contou.
Durante a mediação da discussão, a deputada federal Tereza Nelma destacou que as mulheres no Brasil têm sofrido violência psicológica, violência online e de gênero na política. Já a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Amanda Pimentel, reforçou que houve um decréscimo no registro de denúncias de violência contra a mulher, mas o índice de crimes letais aumentou.
“Creditamos isso ao fato de que a mulher passa muito mais tempo em casa junto com o agressor, o que a faz sentir-se mais coagida para denunciar a ameaça, agressão e estupro”, afirmou.
Ao falar sobre o tema, a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, lembrou que não só o estupro, mas todos os outros crimes também colocam as mulheres em condição de plena inferioridade. “Infelizmente, no nosso país, as mulheres não sabem que sofrem violência, só reconhecem a violência física. E, mesmo assim, muitas não sabem que é necessário fazer um exame de corpo de delito para comprovar isso, o que é muito triste”, lamentou.
A campanha
Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher é um movimento proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU). A ação ocorre todos os anos, em mais de 150 países, com atividades de conscientização e mobilização. No Brasil, os eventos são promovidos durante 21 dias. A programação começa de forma antecipada em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
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