16 dias de ativismo: Mulheres em situação de violência contam com atendimento ampliado do Ligue 180

O Ligue 180 chega aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres em 2020 com atendimento por aplicativos e redes sociais. O canal do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) atende no WhatsApp, pelo número (61) 99656-5008, no Telegram, pelo canal “Direitoshumanosbrasilbot”, no aplicativo Diretos Humanos Brasil e no site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), responsável pelo serviço.

O Ligue 180 recebe denúncias de violência contra a mulher do país inteiro. O canal cadastra e encaminha os casos aos órgãos competentes. Além de denúncias, a plataforma recebe reclamações, sugestões e orienta sobre a rede de atendimento à mulher em situação de violência.

Para a titular do MMFDH, ministra Damares Alves, é preciso união para promover o fim da do ciclo de violência, especialmente a que acontece dentro dos lares e que destrói o bem mais precioso que é a família.

“Mulheres, não tenham medo. Vocês têm um ministério, o Governo Federal, para apoiar vocês. E para quem está em casa, no trabalho, na família, na igreja e que percebeu algum sinal de sofrimento em uma mulher com quem convive , tome uma atitude. Converse, tente entender a situação e veja se pode ajudar”, alertou a ministra.

De acordo com o ouvidor nacional de direitos humanos, Fernando Ferreira, a ampliação dos canais foi um reforço da gestão diante da pandemia causada pelo coronavírus. “Nós entendemos rapidamente que precisaríamos melhorar as formas de comunicação entre o Estado e população. Foi isso que fizemos”, disse.

Dados preliminares da ONDH, em relação à violência contra a mulher e violência doméstica contra a mulher, revelam que houve um aumento de mais de 34%. O serviço, que registrou 67.880 denúncias até setembro de 2019, recebeu 91.043 denúncias no mesmo período deste ano. Saiba mais.

A campanha

Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher é um movimento proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU). A ação ocorre todos os anos, em mais de 150 países, com atividades de conscientização e mobilização. No Brasil, os eventos são promovidos durante 21 dias. A programação começa de forma antecipada em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A secretária nacional de políticas para as mulheres, Cristiane Britto, destaca a importância do período em razão dos encontros promovidos pela sociedade civil e pelo governo. “Ganhamos com toda a movimentação que acontece nesta pauta, que é prioridade, pois temos a oportunidade de discutir soluções para o enfrentamento à violência, sob diversas perspectivas”, enfatizou.

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