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Situação das crianças no pós-pandemia é o principal desafio, diz ministra a organismos internacionais
Foto: Divulgação
Em reunião com organismos internacionais, nesta segunda-feira (29), a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ministra Damares Alves, destacou a preocupação com a situação psicológica e física de crianças no período pós-pandemia. O encontro foi realizado por videoconferência.
“O abuso sexual de crianças, por exemplo, era descoberto, muitas vezes, na creche e na escola. Eles não estão indo para esses lugares. Estamos preocupados. Como vamos receber essas crianças nas escolas? Machucadas? O Brasil tem que estar preparado para isso”, afirmou.
De acordo com a ministra, o Brasil tem feito o possível para reduzir os riscos de vítimas e agressores estarem 24h juntos. “Apesar disso, essa será uma área que precisará ser reconstruída e não apenas retomada”, disse.
O secretário nacional de crianças e adolescentes, Maurício Cunha, que também participou da reunião, destacou que o ministério está preparando uma cartilha com orientações para a comunidade escolar, que irá receber essas crianças após o isolamento social.
“Com isso nós pretendemos enfrentar esse grande desafio. O documento tem o objetivo de fazer o acolhimento dando ênfase no atendimento psicossocial e não em como recuperar os conteúdos didáticos que não puderam ser ministrados no período”, afirmou.
Outras ações
A ministra também lembrou que o ministério está coordenando cerca de 210 ações voltadas para o público vulnerável. “Tem coisas muito boas que podemos compartilhar com outros países e classificar como boas práticas”, ressaltou.
Entre as iniciativas, estão, por exemplo, a criação do aplicativo Direitos Humanos Brasil e do site da Ouvidoria. O ouvidor nacional de direitos humanos, Fernando Ferreira, falou sobre o funcionamento dos canais de denúncias. “Nós estamos trabalhando para ampliar os canais de atendimento a violações dos direitos no Brasil”, afirmou.
Já a secretária nacional de políticas para as mulheres, Cristiane Britto, destacou o trabalho de articulação com os Três Poderes e os órgãos de assistência do sistema de justiça para auxiliar mulheres em situação de violência. Um trabalho que resultou, por exemplo, na campanha “Sinal vermelho contra a violência doméstica”, lançada no dia 10 de junho de 2020. A iniciativa foi criada em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Também participaram da reunião o secretário nacional de proteção global, Alexandre Magno, a secretária nacional de políticas para a igualdade racial, Sandra Terena, e a secretária nacional de juventude, Jayana Nicaretta.
Organismos internacionais
Entre as entidades internacionais interessadas nas ações adotadas pelo Brasil durante a pandemia do coronavírus, estavam representantes das embaixadas de Moçambique; da Argentina, do Paraguai, do Uruguai e da Índia. Além disso, estiveram presentes, a Delegação da União Europeia no Brasil, a Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Organização Ibero-Americana da Juventude (OIJ).
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Assessoria de Comunicação Social do MMFDH
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