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Dados de violência policial são analisados em audiência pública do Disque 100
Durante audiência pública, nesta sexta-feira (26), a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) apresentou e esclareceu todas as informações referentes aos dados de violência policial registrados pelo Disque 100, em 2019. A apresentação, seguida de um diálogo com a imprensa e outros interessados no tema, durou quase duas horas.
De acordo com os números, analisados com a mesma metodologia usada em anos anteriores, foram contabilizadas 1.491 denúncias de violação policial. O índice é 9% menor do que o registrado em 2018 e representa 0,9% do total de ocorrências recebidas pelo canal de denúncias no ano passado.
Os registros foram disponibilizados no site do ministério na última segunda-feira (22). Os dados sobre as denúncias relacionadas à violação policial não foram especificados no balanço publicado no início de junho em razão de inconsistências encontradas na organização e no método de contabilização das informações. Saiba mais.
“Ao fazermos uma análise criteriosa dos dados, não encontramos a segurança necessária para publicar as informações. Em razão disso, postergamos a divulgação para uma nova data. Mesmo assim, os dados foram publicados no prazo previsto: até 30 de junho”, afirmou o ouvidor nacional de direitos humanos, Fernando César Ferreira, na audiência.
O ouvidor nacional de direitos humanos destacou que todos os esforços da Ouvidoria foram destinados para melhorar o serviço de atendimento do Disque 100 diante da pandemia do novo coronavírus. Com isso, a ONDH definiu que iria fazer a publicação dos dados com base nos gêneros das violações de direitos humanos e não por espécie, categoria em que se enquadrariam os dados de violência policial.
“As violações contra crianças e adolescentes, por exemplo, representam 53% do número de denúncias do serviço. Não é diminuir a importância do tema, mas tínhamos que escolher. Estudaríamos os dados com mais rigor para que publicássemos adiante, como fizemos agora”, afirmou Ferreira.
Sobre a preparação do Disque 100 para o aumento de atendimentos no período da pandemia, o ouvidor nacional de direitos humanos esclareceu que foram realizadas capacitações para a equipe e feitos investimentos em equipamentos e tecnologias. Ele também ressaltou que, nesse período, foram lançados o aplicativo Direitos Humanos do Brasil e o site da ouvidoria para ampliar os canais de denúncia. “Nós mantivemos os indicadores de atendimento de excelência mesmo durante a difícil situação sanitária no país”, afirmou.
A audiência pública foi realizada pelo canal do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) no Youtube. Também participaram o coordenador-geral de gestão do disque direitos humanos, Reinaldo Las Cazas, e o coordenador de atendimento a violações de direitos humanos, Vandervaldo Gonçalves Lima. Eles apresentaram o detalhamento dos dados.
Mais informações:
Assessoria de Comunicação Social do MMFDH
(61) 99558-9277