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Ação voluntária em comunidade de Salvador (BA) promove o combate ao racismo
Divulgação
Um evento contra o racismo chamou a atenção dos moradores de uma comunidade vulnerável de Salvador (BA). A ação apoiada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) ocorreu, no último sábado (27), no local onde mora Adriel Bispo de Souza. O menino, de 12 anos, foi vítima de ataques racistas em um perfil criado em uma rede social para falar sobre leitura.
A iniciativa com foco no combate ao racismo e no resgate da identidade negra na infância ocorreu por meio de contação de histórias, música, teatro de bonecos e muita alegria. Os participantes usaram máscaras e mantiveram o distanciamento necessário.
"A ação foi uma parceria entre o projeto Em Defesa da Infância, Contadoras de Histórias do Brasil, Ministério Tia Mary Xicosa e do Juiz Willian Douglas, do Rio de Janeiro, com o objetivo de oferecermos uma resposta pacífica às pessoas que cometeram o crime de racismo, além de fortalecer a autoestima e o desenvolvimento cultural e intelectual de todas as crianças, principalmente do Adriel", disse a coordenadora-geral de Conselhos, da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), Mariléia Silva de Paula.
Durante as atividades, mais de 80 livros foram doados para a comunidade. Parte das doações foi feita pela ministra Damares Alves e pela secretária titular da SNPIR, Sandra Terena.
"O MMFDH está atento às situações de violação de direitos como a discriminação racial. Temos somado esforços para enfrentar e combater essas práticas criminosas que dividem nosso país. É uma honra contribuir para que lamentáveis casos de discriminação étnico-racial sejam convertidos em políticas públicas e reconhecimento para populações mais vulneráveis" afirmou, a secretária nacional de políticas de promoção da igualdade racial, Sandra Terena.
O caso
Apaixonado por livros e amante da escrita, Adriel compartilhava resenhas e dicas de livros em um perfil no Instagram quando recebeu uma mensagem de cunho racista. O fato, ocorrido em maio deste ano, repercutiu nos meios de comunicação de todo o país.
Desde então, Adriel passou a receber mensagens de apoio e livros de milhares de pessoas e instituições renomadas, como a Academia Brasileira de Letras. A história também inspirou ações e projetos de combate à discriminação e fomento à cultura e educação.
Um deles, pensado pelo próprio Adriel, é o projeto de construção de uma biblioteca comunitária no bairro onde mora, para que todos possam ter acesso às histórias e cultivar o hábito da leitura. O menino busca parcerias para encontrar um lugar para construir e equipar a biblioteca.
Disque 100
Casos de racismo, discriminação e violações de direitos humanos podem ser denunciados pelo Disque 100. Além do telefone, o canal de denúncias do MMFDH pode ser acessado pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil ou pelo portal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH).
O serviço é de graça. Funciona diariamente, 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados, e conta com equipe de escuta especializada.
O canal pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos, pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso. Ao acionar os órgãos competentes, vítimas e testemunhas possibilitam que os autores sejam pegos em flagrante.
Mais informações:
Assessoria de Comunicação Social do MMFDH
(61) 99558-9277