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Ministério lança documentário sobre trabalho escravo
Foto: SNPG/MMFDH
Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou, na última terça-feira (28), o documentário "Liberdade Roubada", curta-metragem sobre os desafios à exploração do trabalho em situação análoga à escravidão.
Exibido no cinema do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília (DF), a película também aborda os avanços realizados no país, como a atuação da inspeção do trabalho, do grupo móvel de fiscalização, da lista suja e a atuação da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) – espaço de interlocução de atores governamentais com a representação de empregadores, trabalhadores e organizações dedicadas à defesa de direitos.
Feito pela Secretaria Nacional de Proteção Global (SNPG) em parceria com o Instituto Federal de Brasília (IFB), o projeto tem como objetivo a prevenção e o combate ao trabalho escravo por meio da informação e da sensibilização das pessoas. O documentário também será disponibilizado em libras e áudio-descrição.
“O combate à escravidão contemporânea não é só uma questão humanitária, em razão da dignidade inalienável de todo ser humano, mas afigura-se também como parte de condutas empresariais responsáveis que honrarão o Brasil nacional e internacionalmente como um dos elementos essenciais para a sua tão desejada acessão à OCDE”, destacou o titular da SNPG, Sérgio Queiroz.
Data comemorativa
O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi estabelecido em homenagem ao motorista Ailton Pereira de Oliveira e aos auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, assassinados em 28 de janeiro de 2004, durante fiscalização contra o trabalho escravo em fazendas na zona rural de Unaí (MG).
O caso ficou conhecido como a "Chacina de Unaí" e ocorreu depois de o auditor Nelson José da Silva aplicar multa de R$ 2 milhões em infrações à fazenda dos irmãos Mânica por descumprimento de leis trabalhistas. Os crimes permanecem sem solução até a data de hoje.
Para homenagear os quatro servidores mortos e sensibilizar a sociedade da necessidade de combater o trabalho análogo ao de escravo, entidades públicas e organizações da sociedade civil realizam atividades, manifestações e campanhas nas redes sociais.
Histórico
Apesar de a escravidão ainda ser uma realidade no território brasileiro, conquistas foram alcançados para erradicar a escravidão desde 1995, quando o Brasil oficialmente reconheceu a existência de trabalho forçado, com inúmeros trabalhadores em condições análogas à escravidão resgatados, reabilitados e reinseridos no mercado de trabalho.