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Brasil condena violações de direitos humanos na Venezuela
Painel discutiu violação de direitos humanos na Venezuela
Em evento paralelo da 43ª Sessão da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, nesta terça-feira, o governo brasileiro afirmou que “condena com máxima veemência as graves violações dos direitos econômicos, sociais e culturais” ocorridas na Venezuela.
O posicionamento foi proferido pela chefe da delegação e ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil, Damares Alves, que foi uma das painelistas do encontro “Human Rights Violations in Velezuela”, organizado pelos países membros do Grupo de Lima, formado por oito dos 12 países latino-americanos.
A ministra confirmou apoio irrestrito do Estado brasileiro “às forças democráticas venezuelanas que ainda mantêm a esperança acesa no país”. E saudou a realização do evento que, segundo ela, visa uma solução política, pacífica e sustentável “para a profunda e generalizada crise que assola nosso vizinho”.
“Todos os dias centenas de crianças atravessam sozinhas a fronteira entre os dois países para buscarem novas oportunidades no Brasil. Imaginem a dor e sofrimento que sofreram naquele país. Como pode um único homem causar tamanho estrago a toda uma nação?”, questionou a representante brasileira.
Damares Alves destacou que o governo brasileiro, por meio da Operação Acolhida, realizou uma das maiores ações de recebimento e interiorização de refugiados. E afirmou que a comunidade internacional tem papel imprescindível na busca de uma solução para a crise naquele país.
“Lamentamos a decisão do regime ilegítimo de barrar a missão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, o que demonstra claramente a total falta de abertura do regime”, completou.
Além da ministra, participaram representante permanente do Canadá junto às Nações Unidas, embaixadora Leslie Norton; a cientista política venezuelana Rafaela Requenses, irmã do deputado e preso político Juan Requenses; e o presidente da ONG “Accion Solidaria”, Feliciano Reyna.
Protesto
Mais cedo, a delegação brasileira realizou um protesto contra o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro. No momento em que o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, começou seu discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, os representantes brasileiros, inclusive Damares Alves, deixaram o recinto.
No discurso de altas autoridades, após a abertura da sessão da Comissao, a ministra protestou contra o regime “ilegítimo e autoritário” que permanece no governo daquele país.