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Fórum destaca boas práticas de combate às drogas na infância e adolescência
A iniciativa divulga ações exitosas de proteção às crianças e adolescentes no contexto da dependência química.
Quatro experiências foram apresentadas durante o segundo dia do "Fórum Nacional sobre Drogas na Infância e na Adolescência: Prevenção e Cuidados". Em formato totalmente on-line, o evento foi realizado nesta quarta-feira (16), pelas redes sociais do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Confira como foi o primeiro dia.
Assista o evento pelo Youtube
O presidente da organização Cruz Azul no Brasil, economista e contador, Rolf Hartmann, falou sobre o “Acolhimento de adolescentes em comunidades terapêuticas – um olhar a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e demais legislações”.
De acordo com o gestor, a entidade cristã foi fundada em Genebra, Suíça, no ano 1877, com a finalidade de ajudar dependentes do álcool e outras drogas, seus familiares e outras pessoas afetadas direta ou indiretamente.
Entre os fatores de sucesso alcançados pela entidade, Hartmann citou a importância dos vínculos familiares.
"Fizemos um levantamento em quatro comunidades terapêuticas que atendem adolescentes. Vimos que se a família participa no processo de acolhimento, se integra programas ou grupo de apoio, a alta terapêutica é de 50%. Quando não há participação nenhuma, essa alta terapêutica cai para 2%", exemplificou.
Também integrante da Cruz Azul, a psicóloga, especialista e coordenadora de prevenção às drogas Alana Sieves Wendhausen trouxe o tema “Grupos de Apoio Kids e Teens - Experiência prática”. Na oportunidade, ela enfatizou que as ações são voltadas para participantes oriundos do contexto de dependência química.
"Nós percebemos que essas crianças tinham outras necessidades. As temáticas, os assuntos trabalhados com elas, precisariam ser diferentes porque a realidade que veem no dia a dia é diferente. Então foi dessa forma que começamos a sentir a necessidade de um serviço especializado. Isso que é o grupo de apoio Kids, que depois acabou originando também o grupo Teens, que é para adolescentes", contou.
Prevenção
A palestra “Boa prática: Pedagogia Presença - um novo olhar sobre a prevenção ao uso prejudicial de substâncias psicoativas” foi ministrada pelo padre e filósofo Renato Chiera, fundador da Casa do Menor São Miguel Arcanjo (CMSMA), em Nova Iguaçu (RJ). A instituição está em funcionamento desde 1986.
De acordo com o clérigo, a maior tragédia não é ser pobre, é não ser filho, por isso pessoas com pais ricos também se drogam. "A maior violência é ser rejeitado, a rejeição é um aborto continuado que mata e rói aos poucos: "ninguém me quer". Nossas crianças se drogam porque a vida delas é uma droga, nossos meninos se drogam porque nossas famílias e a sociedade toda é drogada", lamentou.
"Não pergunte ao teu filho: "Você se droga?" Pergunte: "Você é feliz? Você se sente amado?", acrescentou o religioso. Para ele, os pilares do acolhimento abrangem Deus, amor, família, escola, profissionalização, emprego e futuro.
Esperança
A apresentação “Boa prática: Toda vida tem esperança!” esteve sob a responsabilidade do diretor nacional de relações institucionais e procurador-geral da Fazenda da Esperança e presidente da Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas (CONFENACT), advogado e consultor, Adalberto Barbosa.
Com influência católica, a comunidade terapêutica tem como objetivo a recuperação de pessoas que buscam a libertação de seus vícios, principalmente álcool e droga. O método de acolhimento contempla três aspectos determinantes - o trabalho como processo pedagógico, a convivência em família e a espiritualidade para encontrar o sentido da vida.
O gestor ressaltou ainda que a instituição valoriza a vida desde o início. "Há 10 anos a Fazenda criou o Projeto Sendo mãe, que acolhe a mulher para a recuperação com seu filho e cuida também da que chega grávida e tem seu filho durante o processo. Com esse projeto, o objetivo é fortalecer as relações familiares entre as mães e os filhos", afirma.
Proerd
O encerramento do evento virtual foi com a apresentação "PROERD: uma prática da Teoria Socioemocional". A palestra sobre o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) foi apresentada pela major Karine Pires Soares Brum, da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (RS). Além de coordenadora da iniciativa, ela também coordena as Patrulhas Maria da Penha no estado.
"A ideia do Proerd é justamente fazer com que policiais devidamente capacitados, com toda a sua autoridade, com a responsabilidade que carregam, com o cuidado social, que eles sejam multiplicadores do conhecimento", explicou.
Com origem nos Estados Unidos da América (EUA), em 1983, atualmente o programa educacional está presente nos 50 estados americanos e em 58 países.
Veja como foi o primeiro dia
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