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Pessoa com deficiência: Capacitismo é debatido em live nesta quarta-feira
Inválido, louco e aleijado. Rótulos e termos pejorativos como esses já foram e continuam sendo usados para se referir, ainda que em menor escala, às pessoas com deficiência. Um bate papo promovido pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNDPD/MMFDH), nesta quarta-feira (12), debateu esse assunto, denominado capacitismo.
A convidada da semana no ‘Conversando sobre a Pessoa com Deficiência’, foi a psicóloga e palestrante Solyana Coelho. Nascida sem os braços e com uma má formação congênita nos membros inferiores, que a impede de caminhar, Sol, como é conhecida, falou sobre o impacto do capacitismo na vida das pessoas com deficiência.
“Quando eu nasci, os médicos falaram para minha família que eu não iria sobreviver, pois disseram que seria impossível que alguém com uma deficiência tão grave sobrevivesse. Essa questão de rótulo começa desde o nascimento, a gente já nasce ouvindo esse tipo de não”, lembra Solyana.
O capacitismo é toda a discriminação, violência ou atitude preconceituosa contra a pessoa com deficiência e se expressa, segundo Solyana, desde formas mais sutis até as mais gritantes. “Costumo dizer que a minha deficiência chega antes de mim, principalmente, por ser bem visível. Então, sempre me olham e falam ela é aquela cadeirante. Nunca é a psicóloga ou a Solyana”, destaca.
Durante a conversa, Solyana lembrou que hoje consegue desconstruir esses rótulos. “Meu trabalho é desmistificar esses rótulos e mostrar quem está por trás de simplesmente uma menina que não tem os braços ou que não anda. Hoje consigo chegar junto a minha deficiência com o meu trabalho e minha capacidade”, conclui.
Conversando sobre a Pessoa com Deficiência
Desde maio, uma série de lives, idealizada pela SNDPD discute todas as quartas-feiras um tema relacionado às pessoas com deficiência e doenças raras. Segundo a titular da secretaria, Priscilla Gaspar, a programação surgiu durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) como forma de interação entre o Ministério e as pessoas com deficiência.
"Pensamos em organizar essas lives com o objetivo de ser um canal direto de conversa com as pessoas com deficiência também nesse período de isolamento social. Trazemos todas as semanas temas focados nas reivindicações e políticas públicas relacionadas às necessidades das pessoas com deficiência", explicou.
“Para o público sem deficiência é a oportunidade de conhecer um pouco mais desse universo, sempre em busca de um Brasil cada vez mais justo e inclusivo", completou a secretária.
Veja o bate papo
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