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Na Hungria, ministra Damares ressalta que o Brasil é um país pró-família
Na manhã desta quinta-feira (05), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, participou da III Cúpula Demográfica de Budapeste, na Hungria. O objetivo do evento é discutir a demografia, um dos maiores desafios da era atual, porque o futuro depende de pessoas que permaneçam fundamentadas nos princípios éticos.
A Hungria também está determinada a enfrentar o problema do declínio da população, um desafio enfrentado pelos países industrializados, e mantém a questão em pauta desde 2010. A resposta do país europeu é uma forte política pró-família, em vez de incentivar a migração em massa.
Na ocasião, a ministra iniciou seu discurso afirmando que “o presidente Jair Bolsonaro quer trazer o Brasil para o cenário mundial como um país pró-família e pró-vida. Para ela, é necessário investir em famílias para que a nação cresça e, também, para que a paz seja reestabelecida.
Segundo Damares, o foco especial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) na família pretende fortalecer sua estrutura e as relações intrafamiliares, sempre mantendo sua liberdade e autonomia. “A preocupação não é apenas conceitual, mas visa enfrentar desafios concretos, considerando as circunstâncias socioculturais e econômicas diferentes, com atenção especial às famílias vulneráveis”, disse.
Ainda em sua exposição, a titular do MMFDH destacou que o Brasil reconhece o importante papel das famílias na promoção e proteção dos direitos humanos. Para ela, o Brasil considera que “é necessário proporcionar um ambiente familiar saudável, de modo a garantir um local seguro para as mulheres e crianças e para poder combater e prevenir a violência e a discriminação”.
Sobre a campanha “Acolha a Vida”, de prevenção à automutilação e ao suicídio, lançada pelo MMFDH, a ministra destacou que o órgão tem priorizado as famílias que passam por situações como esta. Ela acrescentou, ainda, que o governo não buscar interferir na família, mas protegê-la, assegurando sua autonomia e liberdade. “Nesse quadro, buscamos promover uma política de fortalecimento da maternidade e de incentivo à adoção, bem como prestar o necessário apoio às famílias uniparentais, geralmente chefiadas por mulheres, que são muito comuns no Brasil”, completou.
Cenário demográfico
A população brasileira é de 210 milhões de habitantes, com estimativa de crescimento populacional ao ano de 0,8%. Essa taxa de crescimento tem-se reduzido continuamente. Estima-se que a população brasileira deverá chegar ao ápice entre 2045 e 2050, quando começará a diminuir. Atualmente, o número de jovens já é o maior da história do país. “O governo brasileiro deve aproveitar esse bônus demográfico para implementar políticas públicas com o objetivo de preparar-se para essa nova realidade”, disse a ministra Damares Alves em seu discurso.
A ministra também afirmou que a taxa de fecundidade do Brasil atualmente é de 1,7, que já se encontra abaixo do nível de reposição populacional. A queda da fecundidade é atribuída à redução da mortalidade, combinada com o maior acesso à informação e à cobertura universal do serviço de saúde.
“O Brasil tem, igualmente, observado o envelhecimento de sua população. O governo brasileiro busca adaptar-se à nova realidade: uma de suas prioridades é a reforma da previdência social. Há cerca de 29 milhões de idosos no Brasil, o que representa aproximadamente 14% da população”, relatou a titular. O número absoluto de idosos deve dobrar nas próximas duas décadas e alcançar 60 milhões entre 2040 e 2045.
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