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MMFDH realiza seminário sobre prevenção do suicídio e automutilação de crianças e adolescentes
Foto: Willian Meira - Ascom/MMFDH
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) realizou, na manhã desta segunda-feira (30), o seminário "Prevenção do Suicídio e Automutilação de Crianças e Adolescentes", em Brasília. Na abertura do evento, a ministra Damares Alves destacou a Lei nº 13.819/2019, que versa sobre a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio.
Na ocasião, a titular dos direitos humanos explicou que a norma prevê que as notificações compulsórias devem ter caráter sigiloso e vale para os casos de tentativa de suicídio e automutilação por estabelecimentos de saúde, segurança, escolas e conselhos tutelares.
“Eu fui conversar com os líderes de partidos sobre a necessidade de aprovação dessa lei e, acreditem, ela foi aprovada em 48 horas na Câmara dos Deputados e em 24 horas no Senado Federal. Isso foi uma demonstração de que as coisas estão mudando neste país”, comemorou.
Setembro Amarelo
A ministra destacou, ainda, que neste mês, no âmbito da campanha Setembro Amarelo, o Congresso Nacional protagonizou um dos eventos mais importantes a respeito do tema, o Simpósio Nacional de Prevenção do Suicídio e Automutilação.
“Nós temos agora uma Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Suicídio e Automutilação e isso chegou em um momento importantíssimo. Estamos indo no caminho certo, esse é o novo momento”, afirmou Damares.
“O Brasil estava mergulhado no sangue e isso não pode mais acontecer. Queremos colocar tudo isso no passado”. Segundo a ministra, quem trabalha com o tema sabe que as crianças e adolescentes estão enfrentando o desespero. “Elas estão pedindo socorro e nós, do ministério, estamos ouvindo”, completou.
Números
Dados levantados pela Frente Parlamentar apontam que, no Brasil, cerca de 11 mil pessoas tiram a própria vida ao ano. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é o quarto motivo mais frequente de mortes e tem aumentado. O crescimento desse tipo de ocorrência foi de 16,8% entre 2007 e 2016, segundo o Ministério da Saúde.
Acolha a Vida
Sobre a campanha Acolha a Vida, lançada oficialmente no Simpósio Nacional de Prevenção do Suicídio e Automutilação, Damares destaca que é extremamente necessário proporcionar um espaço seguro às pessoas que pensam em suicídio ou estão se autolesando. “Elas precisam conversar sobre o assunto, sem julgamentos. Isso faz a diferença”.
A ministra observa, ainda, que é indispensável buscar ajuda de profissionais da saúde mental para uma avaliação. “Vamos acolher. Não maltratem nem critiquem. Abracem, procurem ajuda. Para vocês que não sabem o que fazer, nós temos o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) aqui no Ministério. Liguem para nós”, convidou.