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Mais 117 instituições – inclusive indígenas – apoiam a candidatura do Brasil ao Conselho de Direitos Humanos da ONU
“Entendemos que a posição do Brasil não está ligada apenas ao desejo dos brasileiros pelo respeito à vida e aos direitos humanos, sendo também o que querem todos aqueles que sofrem violações de seus direitos. Na garantia da pluralidade de ideias, este Conselho deve dar espaço àqueles que intentam tratar de temas que precisam de uma atenção maior ou que, por diversos motivos, acabam não sendo contemplados”. É o que afirma Carta Aberta divulgada nesta terça-feira (15) e assinada por 34 instituições indígenas. A proposta tem o apoio de outras 83 entidades de direitos humanos da América Latina.
Na última sexta-feira (11), mais 869 organizações de defesa de direitos humanos do continente já haviam apoiado a candidatura do Brasil a assento no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (CDH/ONU), por meio de manifesto. No total, são 986 entidades.
“Nós merecemos, precisamos e queremos esta vaga na ONU para ampliar a defesa dos direitos humanos”, enfatiza a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Carta
Sobre a Carta Aberta, o documento ressalta ações do país em âmbito internacional. “Cabe destacar que o conhecido posicionamento do Brasil, priorizando o direito à vida e de defesa da família, ecoam os desejos de outros países da América Latina, de história e cultura similar”, observa.
“Por exemplo, é sabido que o Brasil vem ajudando o povo venezuelano, que enfrenta grave crise social e humanitária e atravessa fronteiras em busca de socorro”, especifica a Carta. “Em um passado recente, o Brasil teve papel destacado no socorro ao Haiti, em missões de Paz, ajudando na promoção da segurança dos moradores daquele país que literalmente perderam tudo. O país já participou de aproximadamente 50 missões das Nações Unidas, enviando cerca de 50 mil militares ao exterior. Hoje, o Brasil participa com cerca de 275 efetivos em oito operações de paz das Nações Unidas em países como Chipre, República Centro-Africana, Saara Ocidental, Sudão e Sudão do Sul”, completa o documento.
Apoio
As entidades indígenas afirmam, ainda, a importância da diversidade valorizada pelo Estado brasileiro. “O Conselho carece de uma voz corajosa, que ergue a voz pelos que acabam sendo silenciados, que defenda os valores que antes eram senso-comum e hoje acabam sendo atacados. Parece claro que na atual conjuntura o governo brasileiro se mostra aguerrido e disposto a fazer isso”, destacam.
“Levando em conta o acima exposto e acreditando que o Brasil tem totais condições de ajudar na construção de um mundo mais solidário e que atenda aos anseios da sociedade é fundamental que ele ocupe um lugar no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas”, concluem as organizações.
Download: Carta Aberta assinada por organizações indígenas
Acesse a lista com 83 entidades que apoiam a candidatura do Brasil
Acesse manifesto assinado por 869 entidades de defesa de direitos humanos da América Latina