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Ministério promove diálogo com as coordenadoras das Casas da Mulher Brasileira sobre feminicídio
A ministra Damares Alves afirmou que o MMFDH está trabalhando na elaboração de um plano emergencial de combate ao feminicídio. “O objetivo é oferecer uma resposta efetiva à população, que já não suporta o cenário de extrema violência contra as mulheres”, disse.
O evento começou com a apresentação de boas práticas realizadas pelas coordenadoras das CMBs, como o projeto da CMB Itinerante, o canil temporário para proteção dos animais que integram as famílias dessas mulheres que sofrem agressões, bem como práticas de gestão, que visam garantir a memória institucional do projeto. As coordenadoras trouxeram os pontos sensíveis observados durante a gestão das CMBs, que vão desde a capacitação da equipe até a manutenção das instalações.
Programação
A programação, que se estendeu até à noite, contemplou também a realização de dinâmicas com o objetivo de criar protocolos de atendimento. O trabalho contou com o apoio do Núcleo Judiciário da Mulher do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que facilitou a captação das informações essenciais que irão compor o plano emergencial de combate ao feminicídio.
“A preocupação com a efetividade das políticas públicas nos conduziu para a realização do workshop. Não podemos apenas entregar a casa e enviar recurso para manutenção. É preciso realizar o monitoramento da política”, ressaltou a titular da SNPM, Cristiane Britto.
Apenas no primeiro semestre de 2019 foram realizados 88 mil atendimentos por meio das CMBs. A perspectiva é iniciar em 2020 a construção de 12 novas casas e implantar mais 13 em espaços já existentes, totalizando 25 novas casas.
A CMB agora faz parte do Programa Mulher Segura e Protegida, que permite o uso de espaços já existentes para implementação de unidades, bem como três novas tipologias que permitirão a implementação da política pública em municípios de pequeno e médio porte.
O Workshop, que discutiu o papel da CMB na redução do número de feminicídios, faz parte das ações dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
Casa da Mulher Brasileira
A CMB revoluciona o atendimento às mulheres vítimas de violência por integrar, no mesmo espaço, diversos serviços especializados como delegacia e juizado de violência doméstica e familiar; Ministério Público; Defensoria Pública; apoio psicossocial; promoção da autonomia econômica; brinquedoteca para os filhos das vítimas; alojamento de passagem; e central de transporte.
O modelo da CMB evita a peregrinação da mulher por várias repartições, roteiro capaz de ressuscitar a experiência psíquica do trauma, o que é chamado de revitimização. A proposta visa o atendimento humanizado.