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Ministério encerra Semana da Consciência Negra com avanços na promoção da igualdade racial
A Semana da Consciência Negra, realizada entre os dias 18 e 22 de novembro, foi celebrada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) com diversas atividades de valorização da cultura afrodescendente. Por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), foram realizadas palestras, Feira Artesanal de Produtos Afro, exposição fotográfica e um trabalho de conscientização em escolas públicas do Distrito Federal.
A titular da pasta, Sandra Terena, falou sobre as ações. “Tivemos uma semana intensa e muito produtiva! Entre as atividades que realizamos, quero destacar o trabalho em duas escolas do Distrito Federal. Uma grande equipe da SNPIR se dispôs a conversar com crianças e adolescentes sobre a importância do respeito às diferenças e que, independente de origem, cor ou limitação física, todos somos iguais e merecemos respeito”, disse.
Durante o trabalho nas escolas, alunos e professores também aprenderam mais sobre a cultura afrodescendente. “Levamos às escolas a Coordenadora-Geral do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Mariléia de Paula, que também desenvolve um trabalho lindo com bonecos. Por meio dos fantoches, a “tia Mary Xicosa”, como se apresenta, falou um pouco sobre elementos da cultura negra e interagiu com as crianças. Também levamos o capoeirista Flávio da Conceição, o Mestre Biliu, que é assistente técnico na SNPIR. Acreditamos que promover esse tipo de contato das crianças e adolescentes com a cultura afrodescendente é fundamental para promover a valorização e o respeito”, concluiu a Secretária.
Seminário “História, Percursos e Perspectivas”
No dia 20, oficialmente o Dia da Consciência Negra, a SNPIR realizou o Seminário “História, Percursos e Perspectivas”. Cerca de 100 pessoas participaram do evento, que contou com apresentações artísticas de capoeira, dança, poesia, palestras e com a assinatura de um acordo para liberação de quase dois milhões de reais para titulação de terras quilombolas na Paraíba e no Ceará.
O anúncio foi feito pela Ministra Damares Alves. “O governo do presidente Jair Bolsonaro é um governo comprometido com os povos. A terra é um bem extremamente valioso para as comunidades tradicionais e estamos trabalhando para garantir os direitos dessas populações. Queríamos poder repassar recurso suficiente para resolver o problema de todos que aguardam as titulações de terra, mas, por enquanto, estamos muito felizes em poder garantir esse direito a essas 628 famílias quilombolas”, disse a Ministra.
A parte de palestras teve início com o Professor Paulo Cruz falando sobre “A História que nunca me contaram”. Cruz trouxe aos ouvintes um panorama histórico da população afrodescendente no Brasil. O fotógrafo Noilton Pereira falou sobre seu trabalho artístico e social e como usa a fotografia para gerar rendar às famílias quilombolas e sertanejas que retrata. Além deles, o médico Rafael Bispo inspirou a todos com sua história de superação contando “como um menino pobre de Duque de Caxias/RJ se tornou um cardiologista”.
Feira Artesanal de Produtos Afro
A Feira Artesanal de Produtos Afro, em Brasília/DF, teve início no dia 18 de novembro e continua até essa terça-feira (26) na Torre A do Edifício Parque Cidade Corporate, das 9h às 18h. Os visitantes podem conhecer e adquirir diversos produtos relacionados à cultura afro, como objetos de decoração, turbantes, roupas com estampas étnicas, bijuterias artesanais, cosméticos específicos para cabelos afro, e muito mais.
Exposição Fotográfica
Fotografias de Noilton Pereira foram expostas no Edifício Parque Cidade Corporate, em Brasília/DF, no dia 20 de novembro. As imagens feitas pelo fotógrafo revelam o dia a dia de comunidades tradicionais do sertão nordestino. De acordo com o Diretor do Departamento de Igualdade Racial e Étnica (DEPIR) da SNPIR, Thiago Cesário Veloso, “o objetivo da exposição foi trazer visibilidade às comunidades tradicionais por meio da fotografia”.
Veloso explicou que Noilton fotografa as comunidades, as pessoas, quem elas são e vende essas obras para levantar recursos e trazer desenvolvimento social para a comunidade na qual aquela pessoa está inserida. “Então, nosso objetivo enquanto secretaria foi promover a parte artística juntamente com a social”, concluiu.