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Em diálogo com o CFM, ministra Damares Alves propõe parcerias no combate ao abuso sexual de bebês
Foto: Willian Meira - Ascom/MMFDH
Com a finalidade de pedir apoio no enfrentamento à violência doméstica e sexual contra bebês e crianças, a ministra Damares Alves esteve na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta quinta-feira (31), em Brasília. Na ocasião, ela foi recebida pelo presidente da entidade, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, além de outros integrantes do órgão voltado à classe médica.
“Proteger crianças é proteger a vida. Dados do Disque 100 (Disque Direitos Humanos) apontam que 89% dos abusos acontecem dentro de casa. Os agentes que aparecem em primeiro lugar são o pai e o padrasto, seguidos de tios, avós e, depois, de mães. Como conseguiremos fazer esse enfrentamento? Precisamos falar sobre isso”, disse Damares.
A titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) também lamentou que, muitas vezes, as crianças abusadas emitem sinais que ninguém percebe. “A escola, os médicos e toda a sociedade são essenciais nesta luta”, afirmou.
Parceria
“De que forma o CFM pode nos ajudar neste combate ao abuso sexual? Quem sabe ter um canal sigiloso no Disque 100 direcionado aos médicos brasileiros? Agradeço a disponibilidade deste Conselho em colaborar com a pauta. Precisamos ouvir o clamor das crianças”, ressaltou.
A ministra citou, ainda, que a automutilação muitas vezes está ligada ao abuso. “Por isso, temos iniciativas como a campanha Acolha a Vida, que visa prevenir a automutilação e o suicídio, especialmente entre crianças, adolescentes e jovens”.
Apoio
Para o presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, a pauta é essencial. “Podemos capilarizar as ações para os Conselhos Regionais de Medicina. Podemos envolver também outras entidades médicas, que certamente não nos faltarão neste grande e chocante desafio em relação a essa violência contra a criança. Vamos trabalhar juntos”, completou.
Disque 100
Oferecido pelo MMFDH, o Disque 100 é um serviço de discagem direta e gratuita disponível para todo o Brasil. A ferramenta também pode ser acionada por meio do aplicativo Proteja Brasil.
O serviço tem como função acatar e encaminhar denúncias de violações de direitos humanos envolvendo crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoa com deficiência, população em situação de rua, população LGBT, igualdade racial, pessoas em privação de liberdade, conflitos agrários e urbanos, demandas indígenas, entre outros.