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Com a participação do MMFDH, comitê visa à recuperação de danos sofridos por comunidades tradicionais em Mariana/MG
Uma representante da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), esteve em Resplendor/MG, nestas terça a quinta-feira (05 a 07). Na oportunidade, ela participou de reunião do Comitê Interfederativo (CIF) criado em resposta ao desastre provocado pelo rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, no município de Mariana/MG. A tragédia ocorreu há quatro anos – em 05 de novembro de 2015.
Coordenadora-geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais da SNPIR/MMFDH, Isabel Paredes acompanha o CIF desde abril deste ano. A função do Comitê é orientar e validar os atos da Fundação Renova, instituída pela Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, para gerir e executar as medidas de recuperação dos danos resultantes da tragédia.
“A situação das pessoas afetadas pelo desastre é muito triste. Dos mais de 100 mil atingidos, menos de 10% foram indenizados”, relatou Isabel. “As comunidades tradicionais sofreram incontáveis impactos na água, no trabalho, no meio ambiente, na saúde. Muitos ficaram sem casa, sem trabalho, sem chão”, completou.
Segundo a coordenadora-geral, comunidades inteiras foram realocadas, o que trouxe insegurança, depressão, doenças emocionais e até câncer. Muitas famílias atingidas viviam com o sustento que conseguiam por meio da pesca, mas até hoje os peixes estão contaminados. “Estou aqui, em nome da SNPIR, para representar e acompanhar estas comunidades tão sofridas. Muitos direitos não foram garantidos. Existe muita frustração, mas existe luta, união, força. É um exemplo quando vemos as comunidades lutando juntas”, afirmou Isabel.
O Comitê é presidido pelo Ibama) e composto por representantes da União, dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, dos municípios impactados, pessoas atingidas, Defensoria Pública e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.