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Divulgação de dados do Disque 100 marcam aniversário da Seppir
Por ocasião do aniversário do órgão, a secretária Sandra ressalta que é preciso reconhecer que ainda somos um país com muitos preconceitos. Ela enfatiza que para mudar esse cenário, “neste novo governo a Seppir vê como seu papel reconhecer que a igualdade racial é promovida pela valorização de todos os segmentos da sociedade brasileira”.
“Recebemos a missão do presidente Jair Bolsonaro de fazer o melhor governo da história para as comunidades tradicionais. E o desafio foi aceito. Vamos trabalhar para levar as políticas públicas à ponta. Iremos trabalhar ao máximo para dar fim à invisibilidade social de tantos povos e comunidades tradicionais do nosso Brasil”, observa.
Terena acrescenta, ainda, que estamos em um novo tempo. “O governo tem a responsabilidade de resolver problemas antigos para que todas as pessoas tenham seus direitos garantidos. Afinal, todo somos humanos, todos temos direitos.”
Disque 100
Os números demonstram o tamanho do desafio enfrentado para reverter o quadro atual. Oferecido pelo ministério, o Disque 100 registrou aumento de 19,46% nas denúncias de discriminação racial durante os meses de janeiro e fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O aumento ocorre devido a uma maior divulgação do canal mantido pelo governo federal para denúncias. No início deste ano, o Ministério fez uma ampla divulgação para que, a partir de um diagnóstico, pudesse direcionar uma política pública de enfrentamento à discriminação.
“Além de atuar no recebimento de denúncias referentes às violações dos direitos humanos, o Disque 100 também auxilia o Poder Público como indicador de questões prioritárias. Por meio dos números, são enfatizadas as áreas que precisam de um olhar emergencial, por meio de políticas públicas específicas”, aponta a ministra.
A titular do MMFDH explica que o ministério possui em sua estrutura a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), sob a direção da secretária Sandra Terena.
A ministra destaca, ainda, o trabalho que vem sendo realizado pela Seppir. “Precisamos avançar e eu sei que, com essa nova equipe, vamos juntos construir uma nação igual para todos, com olhar especial para aqueles que ainda estão invisíveis no Brasil”, completa.
Sobre o Disque 100, nos dois primeiros meses deste ano foram registradas 113 denúncias no módulo “Igualdade racial”. Em 2018, foram 91 casos no período, chegando a 615 nos índices anuais.
Povos
Entre os objetivos da Seppir estão a formulação, coordenação e avaliação das políticas públicas afirmativas de promoção da igualdade e da proteção dos direitos de indivíduos e grupos étnicos, afetados por discriminação racial e demais formas de intolerância.
Entre os grupos étnico-raciais atendidos, estão os povos indígenas, comunidades quilombolas, povos e comunidades de terreiro/povos e comunidades de matriz africana, povos ciganos, pescadores artesanais, extrativistas, extrativistas costeiros e marinhos, caiçaras, faxinalenses, benzedeiros, ilhéus, raizeiros, geraizeiros, caatingueiros.
Integram a lista, vazanteiros, veredeiros, apanhadores de flores sempre vivas, pantaneiros, morroquianos, povo pomerano, catadores de mangaba, quebradeiras de coco babaçu, retireiros do Araguaia, comunidades de fundos e fechos de pasto, ribeirinhos, cipozeiros, andirobeiros e caboclos.
Assista o vídeo dos 16 anos da Seppir: