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Durante o lançamento de documentário, ministra Damares Alves defende a inclusão da pessoa idosa indígena
Na oportunidade, a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) destacou o protagonismo indígena no Brasil. Ela chamou a atenção, ainda, para o fato de que a obra cinematográfica evidencia o modo de vida, as expectativas, a cultura e a espiritualidade.
“A proposta deste ministério é atuar com a transversalidade de temas, e o lançamento do documentário sobre a pessoa idosa indígena marca essa inovação no campo dos direitos humanos, um momento muito especial”, considerou.
Parceria
Segundo o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do ministério, Antônio Costa, esse lançamento inaugura uma parceria entre a Secretaria e os povos indígenas, “perseguindo juntos o respeito à diversidade, a preservação dos costumes e tradições, e a potencialidade de dar voz à contribuição da pessoa idosa indígena no aprendizado sobre o processo de envelhecimento”, defendeu.
Povos indígenas
Na ocasião, a índia Ronore Pahinti, da Tribo Anciã Gavião Kyikategê, aos seus 106 anos, presenteou a ministra Damares com dois trabalhos em cerâmica: um simbolizando a comida e o outro a bebida, representações da força e fé indígena.
“Essas são lembranças para que a ministra zele pelos povos indígenas. É muito importante que o ministério olhe pela nossa terra, porque se não tivermos nossa terra, vamos desaparecer”, afirmou a anciã indígena.
Durante a solenidade, o presidente do Comitê Intertribal - Memória e Ciência Indígena, Marcos Terena, apresentou o documentário, quando foi entregue o arquivo oficialmente para a chefe da Pasta de direitos humanos.
“Nós montamos um roteiro pensando sobre quem é esse índio velho, como indígenas e espirituais acreditam na ancestralidade, nesse legado”, finalizou Marcos Terena.
Iniciativa
O projeto para a realização do documentário nasceu a partir da iniciativa da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI) do ministério, que lançou um edital cuja proposta vencedora foi a do Comitê Intertribal – Memória e Ciência Indígena.
O longa evidencia o modo de vida, as expectativas, a cultura e a espiritualidade dos povos indígenas na perspectiva da pessoa idosa.
Recursos
Os recursos para execução do projeto foram garantidos pelo Fundo do Idoso – MDH, no valor de R$ 801.572,80. A estratégia de garantir a participação do idoso indígena como personagem principal, inclusive em seu próprio idioma, foi pensada nas aldeias, com as lideranças tradicionais.
Representação indígena
No documentário, de 1h15, estão presentes representantes povos indígenas de cinco regiões do Brasil, como os Pataxó, no Nordeste, os Kaingang, no Sul, os Terena, no Centro-Oeste, os Gavião Kyikatêjê, na Amazônia paraense, e os Guarani do litoral paulista, região de Bertioga. O processo, desde a concepção do projeto até a finalização do documentário, levou quatorze meses.
Metodologia
Inicialmente, o Comitê Intertribal realizou uma viagem para dialogar com os poderes locais, municipal ou estadual, que atuassem sobre o tema. A metodologia utilizada incluiu uma roda de conversa. Na sequência, com a devida anuência dos idosos e das lideranças, o Comitê realizou as filmagens e a coleta dos depoimentos. A última etapa foi a apresentação dos resultados perante esses mesmos atores. O processo teve a participação dos conselhos de direitos humanos municipais locais.
Assista ao vídeo de lançamento do documentário: