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CNDH discute violações de direitos sociais após anúncio de fechamento da Ford em São Bernardo do Campo
#DireitosSociais | O Conselho Nacional dos Direitos Humanos – CNDH participou ontem (28) de reunião com membros do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para discutir possíveis violações de direitos sociais e econômicos após o anúncio do fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Em fevereiro deste ano, a montadora anunciou o encerramento das atividades da fábrica em São Bernardo do Campo, o que deve ocorrer ao longo de 2019. A unidade é a mais antiga da empresa – em operação desde 1967 – e emprega quase 3 mil funcionários.
O presidente do conselho, Leonardo Pinho, e o conselheiro Ismael José Cesar (coordenador da Comissão do Trabalho do CNDH) se reuniram com uma comissão de trabalhadores da empresa de automóveis e com o presidente do sindicato, Wagner Santana, além do procurador da Procuradoria Federal de Defesa do Cidadão do Ministério Público Federal, Marlon Weichet, do defensor Rodrigo Ernani (Defensoria Pública da União) e de conselheiros do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe-SP).
Na reunião, o CNDH ouviu relatos sobre os efeitos do fechamento para trabalhadores e trabalhadoras, na cadeia produtiva e na cidade de São Bernardo do Campo e região. Segundo o sindicato, a Ford não apresentou nenhum processo de transição e de mitigação de impactos.
O conselheiro Ismael alerta para o grande impacto previsto caso sejam encerradas as atividades da empresa na cidade. Além dos 2.800 mil trabalhadores da empresa, calcula-se que outros 27 mil trabalhadores serão atingidos indiretamente. “Há uma preocupação muito grande por parte de todos, principalmente pelos trabalhadores. Alguns estão há 30 anos na empresa e encontram-se atualmente sem qualquer perspectiva”, afirma o conselheiro.
“Nós destacamos as diretrizes de Empresas e Direitos Humanos da Nações Unidas, os compromissos do Brasil e a necessidade de a empresa promover os direitos econômicos e sociais, reduzindo impactos negativos de suas ações. O CNDH irá pautar o caso Ford em seu Grupo de Trabalho Empresas e Direitos Humanos”, afirmou Pinho.
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