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MMFDH participa de audiência pública sobre o enfrentamento à violência sexual contra vulneráveis
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Realizada no âmbito da Comissão dos Direitos Humanos, a atividade aconteceu na semana do lançamento da campanha Maio Laranja, uma iniciativa do ministério que visa envolver as famílias na prevenção e enfrentamento à pedofilia.
Para o diretor de Enfrentamento às Violações dos Direitos da Criança e do Adolescente do ministério, Clayton Bezerra, a certeza da impunidade contribui para o crescimento dos abusos sexuais contra vulneráveis. “Mais de 70% dos casos de abusos sexuais contra crianças vem acontecendo dentro do lar, envolvendo as pessoas de maior confiança dos menores”, alertou.
Segundo o representante do MMFDH, apenas 10% dos casos chegam ao conhecimento dos órgãos fiscalizadores e 25% dos abusos são cometidos por mulheres. “Acreditar que só meninas são abusadas é um mito. Os meninos também são abusados até dentro de escolas, muitos casos são abafados”, completou.
Orientações
O diretor explica que a suspeita de que uma criança possa estar sofrendo abuso sexual deve ser investigada imediatamente. Alguns sinais devem ser observados pelos parentes, como comportamentos agressivos e antissociais; baixo rendimento repentino na escola; mudança de comportamento brusco; agressividade; brincadeiras sexuais persistentes, exageradas e inadequadas; crianças que frequentemente chegam muito cedo à escola e dela saem tarde (num esforço inútil de escapar da situação do lar); medo de adultos do sexo oposto ao seu.
Integram a lista de sinais, fugir de casa; sérias alterações do sono (como em geral os abusos são feitos na cama, se estabelece o medo de dormir e sofrer o ataque); ideias suicidas ou comportamentos de automutilação; sentimento de culpa.
“Neste sentido, é fundamental estabelecer uma relação de confiança para que a criança consiga revelar o abuso sofrido”, completa o diretor do MMFDH.
Mesa
Participaram das discussões parlamentares e representantes da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, além ativistas de direitos humanos.