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Ministério promove diálogo voltado à criação de plano nacional de políticas para a população cigana
Foto: Willian Meira - MMFDH
A ministra Damares Alves participou do evento e ressaltou que o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) é um instrumento poderoso para que o ministério fale diretamente com os ciganos. “Nenhuma denúncia será ignorada. É um número universal, todo mundo conhece. Mas não ficaremos apenas no telefone. O Disque 100 estará disponível também nas redes sociais. Será um grande canal para falarmos com os povos ciganos, assim vamos entender o que está acontecendo e poderemos, enfim, dar respostas imediatas”. Além disso, a Ministra anunciou que o canal também terá um recorte especial para os povos indígenas. O serviço também pode ser acionado por meio do aplicativo Proteja Brasil.
O presidente da Associação Nacional das Etnias Ciganas no Brasil, o cigano Calon Vanderlei da Rocha, participou do evento e falou de sua alegria em estar comemorando o Dia Nacional do Cigano na Procuradoria-Geral da República (PGR). “Este é um grande momento. Estamos bastante alegres e otimistas porque neste Governo, com este evento acontecendo, criamos expectativa e esperança de dias melhores para os povos ciganos no país”.
Transversalidade
Segundo a ministra, uma das características deste Governo é a transversalidade das pastas. Quanto a isso, Damares mencionou que o trabalho com a população cigana será desenvolvido em parcerias.
Ela afirmou que todas as secretarias trabalharão com os povos ciganos. “A Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) vai cuidar das crianças ciganas, acompanhando todas as demandas enviadas ao ministério. Estamos muito preocupados, também, com as crianças ciganas nas escolas. Sabemos que existe preconceito e vamos trabalhar nesse combate. A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM) vai trabalhar com a necessidade da mulher cigana e seu acesso à saúde, direitos e justiça. A Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) trabalhará com os jovens ciganos”.
Igualdade Racial
A secretária nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Sandra Terena, compôs a mesa de abertura e mencionou que a Seppir tem um departamento que atende especificamente as comunidades tradicionais. “Agora, por meio deste encontro, estamos trazendo voz para um povo que até então era considerado invisível”, disse.
“Fazer este evento é de extrema importância no sentido de promover o diálogo dessa comunidade. É muito importante também ter a PGR como nosso parceiro na construção desse diálogo. Estamos em um novo momento do país”, ressaltou.
O coordenador da 6ª Câmara do MPF, Antônio Bigonha, também participou do evento e afirmou que tem “as melhores expectativas de que, neste dia importante que é o Dia do Cigano, possamos dar um passo para a melhoria da vida dessa população no Brasil”.
Convidados e programação
Também participaram do encontro o vice-procurador-geral da República, Luciano Maia, representantes de outras secretarias e mais de 60 ciganos de todo o país.
No período da manhã, os presentes puderam ouvir falas acadêmicas de especialistas na temática cigana. Entre eles estiveram Aline Miklos (produtora cultural, cantora e doutoranda em História da Arte), Magda Matache (diretora do Roma Program, da Universidade de Harvard) e Marcos Toyansk (doutor em Geografia Humana).
No período da tarde, a programação é restrita a representantes da comunidade cigana. Eles participarão de oficinas voltadas aos eixos temáticos: identidade, saúde e educação, territorialidade e combate à discriminação. A partir dessas conversas, serão coletados subsídios para a criação de um plano de políticas públicas para Povos Ciganos.
Assista o vídeo institucional do Dia Nacional do Cigano: