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Ministério lança a campanha "Acolha a Vida" em Suzano/SP
Representante do MMFDH no lançamento, o assessor Marcelo Couto Dias destacou que a campanha integra os esforços do ministério para prevenir a violência autoprovocada. “Entendemos que é um assunto de saúde que também deve ser tratado na perspectiva familiar e dos direitos humanos. Temos trabalhado com análises, por meio do Observatório Nacional da Família, e com a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio – Lei Federal nº 13.819/2019, em fase de regulamentação, a fim de consolidar dados e orientar a adequada intervenção nessas ocorrências”, disse.
Para o prefeito do município, Rodrigo Ashiuchi, o Brasil vive uma situação alarmante acerca do suicídio e da automutilação. “Precisamos fortalecer a campanha e prezar pela vida da população, sobretudo nos empenhando em criar mais oportunidades em esporte, lazer, espaços de convivência e geração de emprego, entre outras ações que impactam diretamente nos fatores de risco que influenciam a problemática”, afirmou.
A primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Larissa Ashiuchi, agradeceu a presença do MMFDH. “A iniciativa lançada em Suzano tende a esclarecer o tema e a ajudar milhares de pessoas Brasil afora. Ficamos felizes em ser a primeira cidade a receber este importante projeto.”
Capacitação
As oficinas ofertadas pela campanha “Acolha a Vida” capacitaram pelo menos 450 pessoas. Na oportunidade, o presidente da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio, Humberto Correa, apresentou o painel “Identificando fatores de risco para suicídio e estratégias de prevenção” para profissionais da saúde. Durante a atividade, ele lembrou que a autoagressão ainda é um assunto submetido a um tabu histórico. “Pela primeira vez temos ações efetivadas pelo Poder Público sobre o tema, que sempre foi tratado por ONGs ou associações”, disse o psiquiatra.
O psicólogo Carlos Aragão, que ministrou o curso “A Imprensa como fator de proteção ao suicídio” para profissionais de comunicação, ressaltou a responsabilidade na sensibilização sobre o tema. “O ocorrido em Suzano confere uma repercussão de médio a longo prazo e nos alerta para que a situação não seja esquecida, nem negligenciada”, afirmou o especialista, fazendo referência ao ataque a tiros ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em 13 de março deste ano, que terminou na morte de dez pessoas.
Em seguida, a presidente do Instituto de Educação e Cultura Viktor Frankl de Ribeirão Preto/SP, Marina Lemos, conduziu a palestra “Alegria de viver e coragem de sofrer: sentido da vida na prevenção do comportamento autodestrutivo”, que buscou apresentar a profissionais da educação e conselheiros tutelares as contribuições que a logoterapia pode fornecer para o tema. Segundo a médica, “precisamos entender a dimensão do sentido da vida para manejar a prevenção ao suicídio”.